Jonathas
Filho
A
vida é restritiva, e por uma série de razões que a própria razão desconhece não
permite que alguns sonhos se tornem realidade porque um dia... o nosso tempo
acaba.
Hoje
(8 de setembro) pela manhã, observei uma postagem que um amigo fez numa rede
social, de um vídeo que mostra a “dança” da Terra e de Venus, ao longo de um
período de oito anos. A imagem geométrica depois de formada é muito graciosa e
é muito interessante vê-la sendo criada desde o início, nesse rodopiar
espacial. Para ver essa maravilha, acesse aqui.
Milhares
de giros desses dois planetas durante esse tempo são harmônicos e organizados e,
de certa forma, nos mostra como o Universo é inteligente.
Há
quase dez anos, além da tão conhecida morosidade judicial, as ações que
tramitam nos tribunais, para que seja feita justiça aos Aposentados do Aerus,
continuam “dançando” ao sabor de recursos,
embargos, pedidos de vistas e outros dispositivos legais que eu, apesar de
leigo, considero que não são justos. E as imagens que se formam são sombrias, desanimadoras.
Voltando
à luz, as figuras geométricas que aparecem no universo dos participantes deste
fundo de pensão são bastante conhecidas. São imagens das cruzes dos enterros de
participantes cristãos ou da estrela formada por dois triângulos sobrepostos vistas
nos túmulos dos colegas judeus.
Eles não puderam esperar para ver nos caleidoscópios
de suas vidas, outras imagens com combinações variadas e agradáveis, num efeito visual que
tinham o direito de ver e sentir.
Também não viram a cor do dinheiro que
pagaram nem sentiram o intenso prazer de saber das sentenças serem cumpridas no
Universo das Leis, como deveria ser.
Mas, o Universo é vasto, infinitamente
imenso e ainda está em expansão.
Porém, no universo dos participantes do
Aerus, principalmente quando me refiro aos aposentados, ocorre exatamente o
contrário, pois parou de se expandir em 2006 e entrou em contração,
decrescendo, definhando e restringindo as nossas existências, sendo coerente
dizer que isto abreviou a vida de muitos
dos nossos colegas.
Ontem, para desencanto desse universo,
repetiu-se um fenômeno no Congresso Nacional e vários “pralamentares” - prá
lamentar mesmo - se eclipsaram daquele Fórum e rimando, não houve Quórum
para que fossem votados certos Vetos e, em seguida, o Projeto de Lei que nos
habilitaria a receber nossos proventos que foram “pro” vento desde Abril passado.
E nessa ventania, estamos nós... esperando a tempestade passar.
Cumpre-se lembrar que nesse tempo,
alguns desses corpos “celestes” mudaram de rumo no espaço, para orbitar numa
“estrela” que pode se tornar um buraco negro. Estão sendo atraídos e correm o
perigo de serem “sugados” pela força gravitacional desse corpo maior, se
mantidas as intenções de ocupar um lugar de destaque em outras galáxias e num
lapso... podem sumir.
No espaço sideral, o tempo não existe,
mas aqui na Terra o conceito de tempo e espaço nos obriga a saber que o tempo é
uma espécie de lugar por onde se anda. Mesmo parados, estamos nos movendo nessa
dimensão chamada tempo. Na Física, o tempo pode passar mais rápido para uns e mais
lento para outros.
Se você estiver
andando, as horas vão ser mais vagarosas para você do que para alguém que
esteja sentado no sofá preguiçosamente, olhando a banda passar.
Nesse sentido, o
tempo deixa de ser um valor universal e passa a ser relativo ao ponto de
vista de cada um.
Neste nosso
universo desencantado do Aerus, com tudo isso que nos tem afligido e que quase nos
retira a paciência e a esperança por um
tempo melhor; isto tudo nos remete à
indignação, frustração e profunda
revolta. Repito o que um grande amigo intelectual, escreveu em certa
oportunidade:
“Milhares não acreditam, tampouco se levantam e talvez só
reajam quando for tarde demais”.
O nosso tempo, um dia acaba e cada dia somos menos.
Portanto, não podemos nem devemos nos perder nesse
tipo de depressão; continuemos nessa caminhada, gritando por justiça e
que o Universo conspire a nosso favor.
Viva
a vida!
Título
e Texto: Jonathas Filho, 8-10-2015
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