Almir Papalardo
Embora estejamos apenas no
início de dezembro, já se pode respirar o clima natalino...
É o principal evento mundial
onde se reverencia o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, tornando a
humanidade mais solidária e sensível, quando todos presenteiam seus familiares
queridos e amigos mais próximos, festejando com ênfase o mágico momento da Ceia
de Natal. Todas as famílias e amigos
então se confraternizam, se beijam, se abraçam com desejos recíprocos de muitas
alegrias, muita paz, muito amor, tonificando o coração em um momento livre de
sentimentos rancorosos e vingativos!
Enfim, é uma festa cristã que
revigora o ser humano, forçando um esquecimento momentâneo das agruras diárias
e reacendendo as esperanças de todas as criaturas por dias melhores. É assim a vida, uma verdadeira
escada comprida, onde todos almejam galgar o degrau de cima, o que na realidade
representa maior prosperidade com melhor qualidade de vida.
Quantos mais degraus o homem
puder subir, melhor será a sua existência na face da terra. Este ciclo natural
na existência humana, vividos por todos os cidadãos, não é permitido que seja
estendido aos velhinhos aposentados. Estes são relegados a uma expectativa de
vida inferior, longe da ação protetora do governo, dos poderes públicos, sendo
descartados e esquecidos por não constarem mais nos planos da União. São
entregues a própria sorte, quando ao contrário, deveriam ser cuidadosamente
preservados, amados e respeitados.
Que neste Natal de 2015 todos
que prestam serviços aos nossos Três Poderes, contrários a que se conceda um
pouquinho mais de justiça aos aposentados e pensionistas, que felizes comemoram
com seus familiares e amigos contando sempre com uma ceia natalina farta de
nobres e caras iguarias, abra um pouco a sua pesada consciência perante Deus,
agradecendo com humildade por toda a bonança e privilégios recebidos e, que
façam, aproveitando o momento sublime, uma confissão íntima e sincera de culpa:
-“Eu, que tenho poderes para
criar, modificar ou anular leis voltadas para o bem-estar do povo, não permiti
que o velhinho aposentado subisse mais um degrau da escada, obrigando-o sim, ao
contrário, a descer um degrau, atual realidade na desdita do previdenciário,
que a cada ano tem que sujeitar-se a um retrocesso e a um Natal inferior! Isto
porque o seu poder de compra se deteriora ano após ano, não por culpa
obrigatória da inflação e sim por subtrações indevidas e forçadas nos
benefícios, covardia que vejo mas finjo não enxergar.
Realmente, a bem da verdade,
longe dos microfones e flash do plenário, dos focos dos refletores que me
envaidecem, intimamente, reconheço que o aposentado é o único que não tem
aumentos reais em seus proventos, e sim, perdas verdadeiras, por minha máxima
culpa! E a cada corte anual na sua aposentadoria, é mais um degrau da vida que
preconceituosamente e de modo perverso o obrigo a descer...
Reconheço a minha covardia por
acomodar-me a essa deslealdade, não procurando de acordo com a minha
consciência, justiça e dever solidário, romper as barreiras enraizadas dessa
discriminação, para anular tamanha e perversa má vontade com um cidadão
fragilizado e indefeso”.-
Deveria ser esta, no fundo do seu ego, a
verdadeira contrição a ser feita perante Deus.
Deputados, senadores e demais
autoridades dos poderes públicos, ainda está em tempo de se redimirem deste ato
indigno que desabona, enlameia e desonra a justiça social brasileira.
Lembrem-se que estarão defendendo um ato nobre e justo, principalmente se considerarem
a idade avançada desses ex-trabalhadores, muitos já ultrapassando a casa dos 80
anos de idade. Ao retornarem do recesso das festas do fim de ano, coloquem na
pauta de votação nos nossos Pls. 01/2007 e 4434/2008, que se encontram mofando
no fundo das gavetas da Câmara dos Deputados!!
Um Feliz Natal para todos,
inclusive para os que não gostam de aposentados, e um Ano Novo próspero com
muita paz, muita saúde, felicidades e muita clarividência cerebral nas votações
plenárias, para que aberrações e sandices como essa não se espalhem vitimando
outras categorias...
Título e Texto: Almir Papalardo, 2-12-2015
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