terça-feira, 23 de janeiro de 2024

[Livros & Leituras] Medo do conhecimento: contra o relativismo e o construtivismo

Paul Boghossian, Editora Senac São Paulo, 2012, 192 páginas. 

É possível que o conhecimento formulado sobre os objetos do mundo, ou a própria concepção do que é o mundo, esteja condicionado inexoravelmente à construção social? E, tendo em vista que as construções variam para cada cultura, o conhecimento construído por uma sociedade é tão igualmente válido quanto todos os outros elaborados pelas diferentes comunidades humanas?

Por outro lado, haverá uma verdade indubitável que não esteja submetida aos ditames do relativismo e do construtivismo? O senso comum, mais intuitivo, da percepção da realidade ocupa algum lugar na perspectiva filosófica ou científica?

Medo do conhecimento: contra o relativismo e o construtivismo propõe-se a discutir exatamente essas teorias que acabam por se transformar em camisas de força na compreensão da realidade.

Paul Boghossian é filósofo estadunidense e professor na Universidade de Nova Iorque. Suas áreas de pesquisa são epistemologia, filosofia da Mente e filosofia da linguagem.

Recentemente, as concepções relativista e construtivista de verdade e conhecimento tornaram-se parte da ortodoxia em várias instâncias do mundo acadêmico. Em seu tão esperado primeiro livro, Paul Boghossian examina criticamente esses pontos de vista e expõe suas falhas fundamentais.

Boghossian concentra-se em três diferentes maneiras de interpretar a afirmação de que o conhecimento é construído socialmente – uma na forma de tese a respeito da verdade e duas acerca da justificação. E ele rejeita as três.

O ponto de vista intuitivo, do senso comum, é o de que há um modo de ser do mundo que independe da opinião humana, e que somos capazes de chegar a crenças ao mesmo tempo objetivamente razoáveis sobre como ele é e persuasivas para todos aqueles capazes de apreciar as provas relevantes, a despeito de suas perspectivas sociais ou culturais.

Apesar de essas serem ideias difíceis, é um erro acreditar que a filosofia tenha descoberto razões suficientes para rejeitá-las.

Este pequeno livro, lúcido e perspicaz mostrará que a filosofia provê um alicerce sólido para o senso comum contra os defensores do relativismo, e será uma leitura provocativa para todas as áreas da filosofia e para outras disciplinas.

⭐⭐⭐

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