Prefeitura do Rio e Governo do Estado atuaram na repressão à feira, que está oficialmente proibida desde a última terça (23/1)
Raphael Fernandes
A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Governo do Estado realizaram, neste domingo (28/01), uma operação de ordenamento para garantir o cumprimento do decreto municipal publicado na última terça-feira (23/1) que proibiu o funcionamento da Feira de Acari, na Zona Norte da capital fluminense.
Na ação, a Secretaria de
Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal atuaram com 160 agentes para impedir
a realização da feira e coibindo outras irregularidades existentes na
região, como estacionamento irregular.
A Polícia Militar, por sua
vez, empregou agentes do 9º BPM (Rocha Miranda), 41º BPM (Irajá), Batalhão de
Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do Batalhão de Polícia de Choque
(BPChq) para garantir a segurança dos agentes municipais, uma vez que a região
sofre influência do crime organizado armado, mantendo, assim, a estabilidade
durante os trabalhos.
”A operação que nós fizemos hoje em Acari é uma ocupação preventiva do local onde costuma funcionar a feira, que é proibida, que é ilegal. Uma ocupação indevida do espaço público e que a Seop, através do seu núcleo de inteligência, mapeou inclusive vendas de produtos, oriundos de roubo de cargas, enfim, fato esse já dividido com a polícia. Então nós ocupamos aqui desde cedo, na madrugada, e vamos continuar durante o dia todo justamente para que a feira não aconteça, fazendo assim cumprir o decreto do prefeito Eduardo Paes que proibiu a feira”, diz o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
Durante a operação, os agentes
da Seop demoliram duas estruturas fixas com cobertura que ocupavam a calçada
irregularmente e mais sete estruturas precárias que serviam como moradia
embaixo do viaduto. Duas notificações foram feitas em um trailer, com banheiro,
e um depósito de gelo, todos localizados no passeio público, obstruindo a via.
Também foram cortadas seis
ligações clandestinas de luz e uma de água. A equipe desativou quatro câmeras
de vigilância do crime organizado, além de 14 tomadas desfeitas e duas centrais
de comando.
Foram retirados cerca de 200
metros de fios e cabos que estavam sendo usados para furto de energia elétrica.
Ao todo, cinco veículos foram removidos, sendo duas motos por circularem na
passarela do metrô Acari-Fazenda Botafogo. Um condutor, que estava alcoolizado
e desacatou os agentes, foi encaminhado à 39ª Delegacia Policial.
Paralelamente, um homem foi
preso, por policiais, por estar com moto roubada e um outro cidadão foi detido
por evadir do sistema com mandado de prisão por tráfico e roubo. Agentes da
Comlurb retiraram três toneladas de resíduos.
”Nessa ação podemos
destacar três importantes fatores do processo de melhoria da segurança pública
em nosso estado: integração dos órgãos públicos, ordenamento e repressão ao
roubo de carga”, destacou o secretário estadual de Polícia Militar, coronel
Luiz Henrique Pires.
Cerca de 50 policiais civis
também participaram da ação, entre agentes de distritais, de delegacias
especializadas e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Ӄ importante ratificar a
integração entre as instituições, a parceria do Governo do Estado com a
Prefeitura com o objetivo de controlar, prevenir e fiscalizar qualquer tipo de
ilegalidade. A Polícia Civil possui investigações em andamento para apurar a origem
das mercadorias, bem como a relação do comércio local com organizações
criminosas, para identificar e responsabilizar os envolvidos”, ressaltou o
secretário de Polícia Civil do RJ, delegado Marcus Amim.
Vale ressaltar que a Guarda
Municipal utilizou na operação os mais de 700 coletes à prova de bala que foram entregues à corporação na última semana.
Título e Texto: Raphael
Fernandes, Diário do Rio, 28-1-2024
Decreto que proíbe a Feira de Acari é publicado
No primeiro domingo após decreto de proibição, Feira de Acari tem calçadas vazias e protesto
ResponderExcluirAção para impedir realização da Feira de Acari acontece pelo segundo domingo
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