quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A queda da Boeing: Como a ganância arruinou uma grande empresa americana

Mais a mais, a Boeing, entregue como está aos tubarões de Wall street, é obrigada a cumprir com políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão, que não premeiam o mérito técnico ou profissional e fragilizam a performance industrial. É a política, e não a engenharia; é a ganância e não a competência, que agora presidem àquela que outrora foi uma das empresas industriais mais prestigiadas do planeta.

Paulo Hasse Paixão

Num dia ensolarado de agosto de 1955, o piloto de testes da Boeing, Alvin “Tex” Johnston, levou o Dash-80, o protótipo do Boeing 707, para um voo de teste numa corrida anual de hidroaviões no Lago Washington, perto de Seattle. A grande multidão reunida para o evento incluía muitos dos principais nomes da indústria da aviação.

1962

Em vez de efetuar um simples sobrevoo, Tex, que começou como piloto acrobata num avião trimotor nas planícies poeirentas do Kansas, quis impressionar as personalidades reunidas e pôs o avião a fazer manobras impressionantes que deixaram a multidão em terra estupefata e o seu patrão, o diretor executivo da Boeing, Bill Allen, mortificado, porque o recém-criado jacto parecia fora de controlo e prestes a despenhar-se.

Foi um gesto adequado para um avião cuja génese resultou de uma aposta arriscada. No início da década de 1950, a Boeing encontrava-se numa encruzilhada. Tendo até então prosperado como fabricante de aviões militares, cujas modestas incursões na aviação comercial tinham tido pouco sucesso, a empresa precisava de orientação, uma vez que os seus contratos no sector da defesa tinham praticamente acabado com a Segunda Guerra Mundial terminada e a Guerra da Coreia a terminar.

Foi nessa altura que o diretor executivo Bill Allen decidiu apostar tudo – 16 milhões de dólares para sermos exatos, uma soma enorme naqueles dias – na construção de um protótipo de transporte a jacto. É difícil exagerar o quão ambicioso era este projeto. Nem um único cliente se tinha comprometido a comprar o avião, e não era claro que a aeronave fosse viável no mercado. “A única coisa errada com os aviões a jacto de hoje”, disse o diretor da TransWorld Airlines nessa altura, “é que não vão fazer dinheiro”.

Continue lendo no » ContraCultura

2 comentários:

  1. Basta dizer que teimam em dizer verdades absolutas. Voei b-707 por 14 anos, quando a Varig me obrigou a ir para o Airbus320 que era uma avião que decolava já em emergência, graças ao destino faltaram tripulantes para um cargueiro para Frankfurt me removeram daquela merda.

    ResponderExcluir

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-