segunda-feira, 25 de abril de 2016

José de Abreu mete um 7×1 em programa do Faustão. Vamos aprender agora?

Luciano Henrique

A direita vai ter que tomar uma escolha: crescer ou viver como criança. Não há meio termo. E olhar a política como um jogo é observá-la de forma adulta, entendendo todos os eventos de comunicação públicos como parte da luta. Ficar se debatendo ou lançando mimimi não adianta. É preciso crescer.


Isto nos levará inexoravelmente a aplaudir, na ótica do torcedor brasileiro, uma goleada de 7×1 da Alemanha sobre o Brasil. Não aplaudimos porque gostamos de perder, mas porque vemos aonde temos que chegar.

No programa do Faustão deste 24/4, José de Abreu deu um verdadeiro espetáculo em termos de guerra política.

Mesmo tendo cuspido em um casal, se fez de vítima e rotulou a mulher em que ele cuspiu de “machista”.

Conseguiu falar em um programa de grande audiência e, durante toda sua interação, nenhum espaço foi dado para suas vítimas. (Que até agora estão escondidas covardemente, e imperdoavelmente. Aliás, o tal advogado parece querer se tornar a pessoa mais desonrada do Brasil por estar fugindo tanto, quando deveria entrar em combate)

Em toda sua interação, José de Abreu se vendeu como uma pessoa “humana, que não poderia tolerar uma agressão”. Rotulou o casal como agressivo.

Todas as suas ações foram vendidas, acredite se quiser, como “manifestações de tolerância”. Mas por que? Porque os intolerantes foram os que tomaram a cusparada. Mais uma bela tacada na guerra de rótulos.

E isto é apenas um resumo, pois o ator ainda aproveitou para fazer campanha para Dilma, inventar uma falsa polarização e se valeu de todos os demais recursos possíveis.

Em resumo, deu uma aula de guerra política, como só os petralhas sabem fazer.

A direita não pode ficar irritada com a goleada de José de Abreu na Globo. Isso seria ficar irritado com a Alemanha por ter ganho de 7×1 do Brasil. A direita precisa olhar para seus políticos e formadores de opinião (e até para o casal do restaurante) e dizer: “Aprendeu como se faz?”.

E, com o tempo, ver José de Abreu ganhar um jogo tão fácil é que deveria ser o maior motivo de vergonha.

A direita ainda tem que comer muito fejião com arroz para entender a política como ela é.

José de Abreu é um ser abjeto e imoral, mas, infelizmente, merece parabéns pela aula de guerra política dada neste 24/4.

Aprendam com José de Abreu como se faz. O resto é negação da política. E é esta negação da política que deveria ser considerada abjeta. E é talvez por isso que eles se sintam tão motivados a cuspir na cara de quem não sabe reagir politicamente.

Que sirva como aprendizado. 
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 24-4-2016

2 comentários:

  1. Parabéns Luciano Henrique pela lucidez de sua análise. O ator José de Abreu deu uma verdadeira lição de como reverter (pelo menos por enquanto) sua condição de réu, em uma pobre e indefesa vítima do ocorrido. Usando a mesma tática torpe dos petistas, culpou o criminoso casal de ter tido a ousadia de receber a sua inocente cusparada! Foi aplaudido freneticamente pela platéia. Já aguentamos o PT por 13 anos seguidos, ficando a dúvida de quantos anos a mais teremos de o suportar! É por estas e outras razões que ainda não me conformei de ter entregue nas mãos da Dilma a sua abominável reeleição, pela imprudência de termos jogado 37 milhões de votos na lixeira. Mil vezes o retorno do PSDB ao governo naquela ocasião. Nada como o tempo para provar que eu estava certo mesmo votando num partido que nada vez em favor dos aposentados. Recebi na ocasião uma saraivada de críticas!
    Almir Papalardo.

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  2. Prezados, espero que no próximo domingo o Faustão convoque o casal, para terem o direito de resposta! Para que possam desmascarar este oportunista, baixo, sem educação e outros adjetivos mais, que poderia citar. Isto é típico do PT, construções sobre falsos pilares!
    É um absurdo, espero que o "povo" perceba isto.
    E alguém, lendo este comentário, também entre em contato com o programa Domingão do Faustão, pedindo uma Resposta!
    Heitor Volkart

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