Investigação criada pelo Supremo é
criticada por mais uma autoridade
Alexandre de Moraes é o
relator do inquérito das fake news. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O inquérito das fake
news recebeu crítica de mais uma autoridade na noite desta
terça-feira, 8. A juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (TJ-MG), tornou público o seu entendimento sobre o caso protagonizado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a magistrada, a
maioria da Corte foi responsável por “interpretação mirabolante” para validar
o criticado inquérito. Nesse sentido, a magistrada
atentou para o fato de os ministros entenderem que as dependências do STF vão
para além do prédio que funciona como sede física do tribunal, em Brasília.
“Deram uma interpretação mirabolante para estender as dependências
físicas do STF”
“O que é uma dependência do
Supremo Tribunal Federal? É o seu prédio, suas instalações físicas”, afirmou a
juíza. “Deram uma interpretação mirabolante para estender as dependências
físicas do STF a todo o território nacional”, ironizou a integrante do TJ-MG.
Vítima e juiz
“Não se pode ser vítima e juiz
ao mesmo tempo”, pontuou Ludmila Lins Grilo em entrevista ao programa Os
Pingos nos Is (Jovem Pan), que na edição de hoje contou com a
participação de Ana Paula Henkel e Guilherme Fiuza,
colunistas da Revista Oeste. “Qualquer estudante do primeiro período
de direito penal sabe disso”, prosseguiu a juíza em relação ao fato de o STF
funcionar como vítima e julgador no inquérito das fake news.
Título e Texto: Anderson
Scardoelli, revista Oeste, 8-9-2020, 21h43
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