Presidente levaria 31% dos votos em um
embate contra Lula (17%) e Sérgio Moro (13%). Bolsonaro também venceria em um
eventual segundo turno
Carla Aranha
Se as eleições presidenciais
fossem hoje, o presidente Jair Bolsonaro estaria reeleito. Em
um cenário de disputa de primeiro turno entre Bolsonaro, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e
outros candidatos, o presidente levaria a maioria dos votos (31%), seguido
pelo ex-presidente Lula (17%).
Já num segundo turno, Bolsonaro
ganharia de Lula, com 42% dos votos, ante 31% do oponente petista. É o que
mostra uma pesquisa Exame/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise
de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em
opinião pública. A cada quinze dias, Exame/IDEIA trará pesquisas de opinião
exclusivas com foco no cenário político.
“As decisões políticas mudam a
trajetória da economia e do custo de capital”, diz Renato Mimica, executivo-chefe
de Investimentos (CIO) da Exame Research. “Entender o cenário político é
fundamental para compreender o funcionamento desses dois vetores.”
Nesta primeira pesquisa
Exame/IDEIA, Moro aparece em terceiro lugar com 13% das intenções de voto,
seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes (6%) e o
apresentador Luciano Huck (5%). Estão empatados com 3% das
intenções o governador de São Paulo, João Doria, e João
Amoedo.
A ex-ministra Marina
Silva recebeu 2% das indicações, seguida do governador do
Maranhão, Flávio Dino, com 1%. O número de eleitores que votariam
em branco ou nulo soma 14% das intenções.
O levantamento foi realizado
com 1.235 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 24
e 31 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou
para menos.
As famílias com renda superior
a cinco salários mínimos são as mais inclinadas a votar em Bolsonaro (35% das
intenções de voto), assim como os moradores do Sul e Centro-Oeste (35%) e
os brasileiros que completaram apenas o ensino fundamental (41%, diante de 29%
daqueles que cursaram o ensino fundamental e médio).
Os eleitores de Lula se
concentram em sua maioria no Nordeste (24%, contra 12% no Sul e 16% no
Sudeste) e ganham até um salário mínimo (20%). Cerca de 15% das famílias com
renda de três a cinco salários mínimos votariam no ex-presidente. “Lula teve a
imagem colada ao Bolsa Família, que teve repercussão principalmente na região
Nordeste”, diz Mauricio Moura, fundador do IDEIA.
Em um eventual segundo turno,
Bolsonaro venceria Lula, com 42% dos votos, ante 31% do concorrente. Com Moro
no cenário, a votação ficaria mais apertada, mesmo assim Bolsonaro venceria as
eleições. O ex-ministro da Justiça teria 31% dos votos e Bolsonaro, 38%. Se o
adversário do presidente fosse Doria, Bolsonaro ganharia com 41% dos votos
diante de 17% do governador de São Paulo.
A aprovação ao governo do presidente Bolsonaro aumentou desde o início da
pandemia. Em janeiro, estava estacionada na casa dos 30%. Sua popularidade
começou a aumentar em abril, quando foi definido o auxílio emergencial de 600 reais por mês. O benefício foi prorrogado até dezembro com o valor de 300 reais mensais.
Outra pesquisa Exame/IDEIA,
divulgada na quarta-feira, dia 2, mostra que 65% dos brasileiros acreditam
que Bolsonaro é o principal responsável pelo auxílio emergencial, que será
prorrogado até dezembro com o valor de 300 reais por mês.
A população brasileira, no
entanto, ainda segue politicamente polarizada. Enquanto o governo
tem a aprovação de 38% dos brasileiros, que o consideram ótimo ou bom, outros
26% dizem que sua gestão é péssima. Somados com os eleitores que classificam o
trabalho do presidente como ruim, os descontentes chegam aos mesmos 38%
daqueles que dizem apreciar o governo.
“Mesmo com a aprovação alta do
presidente, os índices ainda refletem o profundo sentimento de polarização da
opinião pública brasileira”, diz Moura. “Os números de ruim e péssimo da
avaliação presidencial são mais amenos, mas ainda corroboram um contingente de
descontentamento elevado, ainda mais quando comparados a outros líderes
mundiais no pós pandemia.”
Título, Imagens e Texto: Carla
Aranha, Exame,
4-9-2020, 9h38
Pesquisa é pesquisa!
ResponderExcluirMas quando um presidente tem contra si metade da população brasileira,e ainda assim é líder em pesquisas, "há algo de podre no reino da Dinamarca"
Não que bolsonaro seja o pior presidente que o brasil já teve!
O Brasil é especialista em presidentes beócios!
Já deu ao mundo um Jânio Quadros ,um Collor , Sarney, Lula ,Temer, e o atual , apenas citando os mais recentes,sem achar um estadista digno deste país!
Todos concorrendo para o cargo de tudo, menos“ presidente” !
E quando, há dois anos das eleições, somos ameaçados pelas pesquisas com mais do mesmo, chegamos a conclusão.
Chegamos?
Eu sempre, recusei meu voto até hoje para estes eleitos de causas próprias.
Continuo sem ver no horizonte político ninguém que me de esperanças!
Pobre Brasil!
PS.: DIFERENTE DOS EUA ONDE TEM CANDIDATO PARA FAZER FRENTE,E COM MUITA CHANCE.QUASE IMBATÍVEL NO VOTO POPULAR, EMBORA ESTE NÃO GANHE ELEIÇÕES!
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