Medida também beneficiou outros países
Marcelo Brandão
Os Estados Unidos decidiram
suspender a restrição dos voos saídos do Brasil. O Departamento de Segurança
Interna (DHS) dos EUA anunciou a suspensão, que valerá a partir de
segunda-feira (14). Além do Brasil, também foram incluídos na decisão a China
(excluindo as regiões administrativas de Hong Kong e Macau), Irã, região
Schengen da Europa, Reino Unido (excluindo territórios estrangeiros fora da
Europa) e Irlanda do Norte.



A região Schengen da Europa é
composta por Alemanha, Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estônia,
Grécia, Espanha, França, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Liechtenstein,
Hungria, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Eslovênia, Eslováquia,
Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Suíça.
A restrição de voos saídos do
Brasil teve início em 28 de maio. Outros países tiveram a restrição imposta
antes. O governo dos EUA informou que está mudando sua estratégia em relação à
prevenção da covid-19 e “priorizando outras medidas de saúde pública” para
reduzir o risco de transmissões relacionadas a viagens. Segundo o governo, há
um melhor entendimento sobre as formas de transmissão do vírus.
“Hoje temos um melhor
entendimento sobre a transmissão da covid-19, que indica que sintomas baseados
em processos de triagem tem eficácia limitada porque pessoas com covid-19 podem
não ter sintomas ou febre no momento da triagem, ou apenas sintomas leves”,
informou a embaixada dos EUA no Brasil.
Dentre as ações a serem
adotadas pelos Estados Unidos a partir de agora estão a prestação de
informações sobre saúde para passageiros antes, durante e depois do voo; a
possibilidade de testagem para reduzir o risco de transmissões do vírus, a
ampliação dos treinamentos e informações para parceiros do setor de transporte
e portos para garantir o reconhecimento da doença e imediata notificação ao
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC); recomendações depois da chegada
de passageiros para que monitorem a si mesmos e tomem precauções, incluindo
ficar em casa por até 14 dias, dentre outras medidas.
Título e Texto: Marcelo
Brandão: Edição: Fábio Massalli – Agência
Brasil, 12-9-2020, 16h57
Confira o comunicado oficial da Embaixada americana:
ResponderExcluirÀ medida que a pandemia de COVID-19 continua, o governo dos Estados Unidos está inovando ao adotar um novo método para manter passageiros internacionais saudáveis. A nova e mais eficaz estratégia foca na continuidade de viagens e no passageiro, incluindo fornecimento de informações antes da partida e depois da chegada, ações para desenvolver uma possível estrutura de testagem com parceiros internacionais, e resposta à doença. Essa estratégia é consistente com a fase atual da pandemia e protege de forma mais eficaz a saúde do público norte-americano.
A partir de 14 de setembro de 2020, o governo dos Estados Unidos removerá os requisitos de direcionamento de todos os voos com passageiros de, ou que tenham passado recentemente por, certos países, a pousar em um dos 15 aeroportos estabelecidos e suspenderá procedimentos de triagem de saúde para esses passageiros na entrada.
Atualmente, procedimentos de triagem de saúde são solicitados para aqueles chegando de, ou que tenham recentemente passado por: China (excluindo as regiões administrativas de Hong Kong e Macau), Irã, região Schengen da Europa, Reino Unido (excluindo territórios estrangeiros fora da Europa), Irlanda do Norte e Brasil.
Hoje temos um melhor entendimento sobre a transmissão da COVID-19, que indica que sintomas baseados em processos de triagem tem eficácia limitada porque pessoas com COVID-19 podem não ter sintomas ou febre no momento da triagem, ou apenas sintomas leves. A transmissão do vírus pode acontecer de passageiros que não têm sintomas ou que ainda não desenvolveram sintomas de infecção. Desta forma, o CDC está mudando sua estratégia e priorizando outras medidas de saúde pública para reduzir o risco de transmissões relacionadas a viagens.
Recursos do governo dos Estados Unidos serão redirecionados a iniciativas mais eficazes de mitigação que focam no passageiro, incluindo: informações sobre saúde para passageiros antes, durante e depois do voo; forte resposta à doença nos aeroportos; coleta voluntária de informação de contato de passageiros através de meios eletrônicos como proposto por algumas companhias aéreas para evitar longas filas, aglomeração e atrasos associados com coleta manual de dados; possibilidade de testagem para reduzir o risco de transmissões do vírus que causa COVID-19, associadas à viagem e movimentação do vírus de uma localidade para outra; avaliações de risco específicas por país para auxiliar passageiros a tomarem decisões informadas sobre os riscos associados à viagem; ampliação dos treinamentos e informações para parceiros do setor de transporte e portos de entrada dos Estados Unidos para garantir o reconhecimento da doença e imediata notificação ao CDC; e recomendações depois da chegada de passageiros para que monitorem a si mesmos e tomem precauções para proteger outros, incluindo ficar em casa por até 14 dias para pessoas chegando de destinos de alto risco.
Ao redirecionar nossas ações para mitigação para o risco de passageiros durante a jornada da viagem, o governo dos Estados Unidos pode proteger de forma mais eficaz a saúde do público norte-americano.