sexta-feira, 1 de abril de 2011

Regras sobre os castigos (aos filhos)

Alguns pais têm dificuldade em aplicar um castigo aos seus filhos. Na altura de o fazer, diz-me a minha experiência, muitos caem, ingenuamente, num erro tremendo que, no entanto, pode ser evitado.
 Se um filho se portou mal e a mãe o avisa de que vai ficar de castigo, o pior que ela pode fazer é oferecer vinte explicações para estar a avisá-lo. Muitas mães não resistem a explicar ao seu filho, pela vigésima vez, por que razão não deve bater nos irmãos, ou porque não deve fazer batota, ou ainda porque não pode comer na sala.
Mas o que estas mães não sabem é que muitas explicações são normalmente interpretadas pela criança como a mãe estar a "implorar" para que o filho se porte bem. Se chega a hora do castigo, a criança sabe muito bem que não se portou bem e a mãe não tem dúvidas de que aquele comportamento não deve ser repetido, o castigo deve ser aplicado sem mais explicações. Nada mais é necessário, apenas acção.
Se for bem aplicado, ficar de castigo não provoca qualquer tipo de "trauma psicológico" na criança. Pode frustrá-la, isso sim. Mas aviso já que é impossível educar um filho sem o frustrar de vez em quando. Não propositadamente, mas faz parte de ser pai ou mãe fazer ver aos nossos filhos que não podem ter tudo aquilo que desejam - e isso implica, por vezes, que fiquem frustrados, quando as suas expectativas não se realizam. Mas isso também os ajuda a crescer.
Texto: Paulo Oom, Jornal "i", 31-03-2011

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