sexta-feira, 29 de abril de 2011

APRUS - Associação dos Participantes e Beneficiários do Aerus (+ considerações)


Thomaz Raposo
Quando participei do processo eleitoral da APRUS, é importante comentar que não me passava pela cabeça ser convidado para exercer o cargo que ocupo hoje, quando visualizei o que poderia vir a acontecer caso não assumisse o cargo de Diretor Presidente da APRUS entendi que não poderia deixar de fazê-lo visto que assuntos que deveriam há muito estar sendo observados e questionados pela APRUS não eram do conhecimento de todos.
Observei que a grande preocupação existente era com a possível regularização do nosso amanhã via justiça ou acordo caso que se arrasta pelos últimos cinco anos sem solução aparente imediata e fiquei bastante impressionado com a ausência de comunicação por parte do AERUS com relação aos objetivos de sua administração.
Quanto escutei a audiência do dia 12/04, falas do Dr. Maia e Sra. Graziela, fiquei bastante satisfeito com o seu conteúdo, visto declararem que não havia transparência por parte do AERUS, nem havia uma preocupação onde nosso capital estava sendo investido, enfim, conhecimento do que ocorria.
Desde que havia deixado de participar da APRUS como Diretor Administrativo-financeiro, nunca fiquei sem conversar com seus interventores sempre buscando estar ciente dos fatos que julgava que estavam ocorrendo, buscando assim ajudar àqueles que por falta de conhecimento técnico não compreendiam medidas que volta e meia eram tomadas.

Enfim, ao assumir o cargo entendi que de início tinha que fazer entender ao AERUS que a APRUS é a Associação dos Participantes e Beneficiários do Aerus e tem sua legitimidade estabelecida no inciso V do artigo 5º da lei 7347/85 e inciso IV do artigo 82 do CDC.
Ao tomar conhecimento, por acaso, de que havia uma movimentação por parte do AERUS com o objetivo da saída da VEM e mais ao saber que o resultado de uma comissão de inquérito legalmente constituída, somado a um relatório de uma conceituada empresa de consultoria estava sendo ignorado pelo AERUS, iniciei primeiro com o apoio do antigo Presidente Beniamim e depois já no cargo hoje ocupado por mim uma serie de consultas e questionamentos visando estabelecer uma área de preocupação por parte seja do AERUS seja da PREVIC e o início de uma metodologia de participação da APRUS na saída de outras empresas.
Observem que o que estamos tratando são de aproximadamente cinqüenta milhões de reais que representam hoje cerca de 14 (quatorze meses) de pagamentos ao plano I e 05 (cinco) pagamentos do plano II, assim, não entendo a razão deste assunto estar sendo ventilado como um ato que possa vir a prejudicar negociações que perduram há cinco anos.
Não falo nada de ninguém, entendo os trabalhos que não são poucos da Sra. Graziela e também o brilhantismo do Dr. Maia e sua perseverança e realmente rezo pelo sucesso de ambos, pois também será o nosso. No entanto busco neste instante tratar exatamente da responsabilidade que em audiência foi comentada, isto é, a falta de transparência e comunicação por parte do AERUS e PREVIC, além de defender os direitos de nossos associados que também são os dos demais participantes do AERUS.
Se alguém achar que estou errado em cumprir com os artigos 3 e 4 do estatuto da APRUS, terá apenas que me fazer entender como liberar para a VEM/TAP ou quem sabe, futura TAM os valores acima mencionados que nos darão algum alento enquanto aguardamos nossa “justiça”.
Thomaz Raposo de Almeida Filho
Diretor Presidente
APRUS

Considerações sobre a narrativa:
Me parece que a Aprus do passado estava deixando a desejar. Finalmente um presidente que acredita nos seus estatutos. Quem sabe?, até conheça bem as artimanhas dos sindicalistas de carteirinha e oportunistas. Talvez fosse melhor até a Aprus questionar a ação DT com os advogados da Varig. Com relação aos questionamentos junto ao Aerus, faz muito bem o atual presidente, Sr. Thomas, fazer uso dos estatutos e até de seu corpo juridico, se necessário, e cobrar o que é de direito para os seus sócios. Melhor seria não viajar na carona de sindicalistas que precisam de apoio de aposentados para se manterem no poder. Será que um dia esses mesmos liberarão a instituição sindical para as práticas democráticas novamente como no passado distante? Claro que é impossível agradar a todos e como se vê podem até chatear alguns como os colegas do RS. Por outro lado a direção da Aprus terá a consciência tranquila por ser um órgão independente, sério e responsável. No meu entender o presidente da Aprus é discreto, educado e tende a ser firme, o que pode mudar o curso de algumas posturas. Não deve se preocupar com alguns comentários encomendados. Estes normalmente são expedientes comuns na política. Querem que pensem que se a desgraça se abater sobre nós a culpa é de quem lutou com dignidade e independência.
Claro que exigir transparência é fato que há muito tempo vem gritando no cenário dos aeronautas. Não é herói quem cobra tal fato é herói quem age de acordo com o que defende. A isso chamo retidão.

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