quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Democracia

Amigos, todos,
Segue o artigo desta semana. Talvez esteja chovendo no molhado, referindo-me a situações e pessoas que todos conhecem sobejamente. Não faz mal.
Senti necessidade de fazer alguns comentários e de historiar um pouco como se formou nosso sistema político atual, que está a léguas de ser uma verdadeira democracia.
Nem chega a ser parecido, mas vá lá.
Aceitaria e agradeceria comentários a respeito.
Grande abraço a todos
Peter Wilm Rosenfeld

DEMOCRACIA
“A DEMOCRACIA É UMA DROGA, MAS É O MELHOR SISTEMA POLÍTICO QUE CONHEÇO; NÃO HÁ NENHUM OUTRO MELHOR” (Winston Churchill)
Já lá se vão quase 50 anos do belo movimento que acabou com a esbórnia em que se estava transformando o Brasil, governado por um presidente incompetente, dominado por gente que só queria explorar o país e transformá-lo em mais um dos infelizes satélites da então União Soviética.
Tenho orgulho em dizer que apoiei integralmente o movimento de março de 1964; as marchas de que o povo brasileiro participou, em muitas cidades brasileiras, não foram organizadas por pelegos, mas sim por gente de bem que queria viver em um ambiente de paz social.
Graças àquele movimento, setores vitais da nação puderam ser construídos, possibilitando que chegássemos aonde hoje chegamos.
O exemplo mais emblemático (mas não único) disso que estou afirmando é Itaipú. Mas há outros, como a Ponte Rio/Niterói, a Transamazônica, etc.
Ah, acima de tudo havia liberdade, havia ordem e respeito.
Já escrevi aqui, neste espaço, que em nenhum momento de minha não curta vida me senti tolhido em fazer o que bem entendia ou o que meu trabalho exigia.
Mas é forçoso reconhecer que, se povo é ignaro, torna-se presa fácil de falsos democratas; acaba sendo literalmente “engolido” por maus cidadãos, por corruptos, sem-vergonhas.
Elegemos um presidente que, infelizmente, faleceu antes de tomar posse. As autoridades de plantão entenderam que o cidadão que havia sido eleito vice-presidente deveria ser empossado, e aí começou outro período triste de nossa história.
O vice-presidente eleito foi empossado. Já havia infelicitado um estado do Nordeste, como governador. Agora teve tempo de sobra para infelicitar a nação inteira (o Estado que havia governado é feudo de família, e continua a ser um dos mais, se não o mais, pobre do Brasil!).
Fomos convocados para eleger deputados e senadores que se constituiriam a “Assembléia Nacional Constituinte”.
Depois de quase dois anos foi promulgada uma nova Constituição, um monstrengo que já sofreu mais de 50 emendas e, apesar disso, continua sendo horrível! Isso porque, em minha opinião, quis ter caráter revanchista!
É o que estamos vivendo hoje.
Recapitulando: depusemos um presidente porque, dizia-se, estava roubando (através do tesoureiro de sua campanha, posteriormente assassinado de forma jamais explicada). Na realidade, foi deposto por sua soberba. Achava-se acima de tudo e de todos! Hoje é senador da República (título que já significou muito no passado; hoje, não tem valor moral algum!).
Assumiu o vice-presidente eleito, que tinha governado um estado grande (Minas Gerais) e não pesava nada contra ele.
Foi sucedido por um intelectual, democrata, que em minha opinião fez muito de bom para o país (deu uma ou outra escorregadela...) mas, analisado à distância, foi um presidente tão bom como possível, exceto por uma escorregadela muito triste: propôs e conseguiu introduzir (sabe-se lá a que custo!) a possibilidade de uma reeleição! Claro que foi reeleito, logo, governou por oito longos anos!
E aí começou nossa desgraça atual. Em sua quinta tentativa de eleição, foi eleito presidente o mais notório e carismático líder sindical brasileiro.
Virtual analfabeto, mas muito, muito esperto (antigamente seria chamado de “velhaco”), era (e segue sendo), ignaro. Como não poderia deixar de ser, cercou-se de gente que lhe era absoluta e totalmente fiel. “Aparelhou” todo o governo com gente sua, todos (salvo as exceções de praxe), pensavam e ainda pensam em seu próprio bem-estar e em sua conta bancária.
À custa de muitos reais ($$$) conseguiu aprovar muitas obras, todas elas inacabadas pelas mais variadas razões, nenhuma delas realmente válidas.
Proclamou o fim de nossa dependência de combustíveis importados, pois havia sido descoberta uma “montanha” de petróleo na camada mais profunda do mar. Resultado: estamos importando petróleo às mancheias, gastando nossas preciosas divisas.
Finalmente, sua obra-prima, apelidada de ”mensalão”, que consistia em verdadeiramente subornar parlamentares para votarem e aprovarem suas propostas, está chegando ao fim com o julgamento dos que se locupletaram nessa orgia.
E aqui devo mencionar que, com apenas duas exceções, suas nomeações para o Supremo Tribunal Federal foram de gente realmente capacitada e séria. As duas últimas, infelizmente, não seguiram esse padrão.
E o STF, que está chegando ao fim do julgamento do crime do “mensalão”, foi uma corte de justiça de fato. As duas exceções a que me referi acima não conseguiram conspurcar o julgamento.
Enfim, assim funciona (e funcionou no Brasil) a democracia. O Sr. da Silva e seus asseclas não conseguiram acabar com ela, apesar de todos seus esforços.
Lamentavelmente, a Sra. Rousseff ainda não conseguiu (se é que conseguirá um dia) se livrar da tutela de seu antecessor.
Mas tenho a impressão de que, desta vez, a democracia ficará entre nós por um longo tempo!
Apesar de seus males brasileiros (custo dos parlamentares que pouco ou nada trabalham), excesso de assessores/assistentes e umas tantas benesses absurdas, desta vez a democracia veio para ficar.
É meu desejo sincero.
Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 12 de dezembro de 2012 (12.12.12)  

Em tempo: De envergonhar qualquer ser vivente normal o que está acontecendo com o Sr. da Silva. Quase que a cada dia aparecem novos “casos” que só têm que ver com ele, a exemplo do agora já famoso caso de uma funcionária em S.Paulo, chefe do gabinete da Presidência naquela cidade. Verificou-se que ela era muito mais do que chefe do gabinete presidencial (certamente não preciso explicar aos que leem o presente texto). Aparentemente para evitar de dar explicações, o Sr. da Silva está viajando constantemente para fora do país; inclusive acaba de promover um seminário patrocinado pelo “Instituto Lula” em Paris!
Ao que sei, esse constante viajar do Sr. da Silva tem um objetivo maior: o de promover sua candidatura ao Prêmio Nobel da Paz de 2013...
Seria o cúmulo dos cúmulos e uma enorme vergonha para os membros do comitê que escolhem a personalidade a ser agraciada!

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