Peter Rosenfeld
É possível que muitos que
lerem o presente texto saibam, por intuição ou por adivinhação, a quem estou me
referindo.
Pois é. Mas buscando em minha
já carregada memória, não me vem à mente nenhuma personalidade pública que se
iguale à pessoa a quem me refiro.
Muitos, se não todos, tiveram
amantes ou relações extra-matrimoniais de maior ou menor importância.
Nenhum, porém, até onde vão
meu conhecimento e minha memória, teve a desfaçatez de nomear a amante para um
cargo público e, não só isso, mas um cargo de alguma importância (creio que
“chefe do gabinete presidencial na mais importante cidade brasileira” não é
cargo de se jogar fora...”).
Mais: acompanhante assídua em
viagens ao exterior, com direito de entrar e sair à vontade, a qualquer
horário, a chamado ou não, da parte da aeronave reservada à Presidência da
República, conhecida como íntima!
Isso não é invenção minha!
Todos os que viajavam no chamado “Aerolula” presenciaram essa liberdade!
Fico a pensar nos argumentos
que eram usados para convencer a Sra. da Silva a não acompanhar o marido em
tantas e tantas viagens ao exterior, muitas delas de vários ou de muitos dias
de duração.
Aparentemente, a “galega”
(como o Sr. da Silva com frequência se referia à esposa) era muito cordata e
não gostava muito de viajar. Estou supondo, obviamente.
Mas então o Presidente da
República Federativa do Brasil não dava a mínima para seus deveres de representante
do País, e afrontava a tudo e a todos para satisfazer um capricho seu?
O que não consigo entender é
como esse fato foi omitido durante tanto tempo!
A imprensa brasileira, sempre
tão atilada e bem informada, mas que também é fofoqueira, não noticiou nada?
Só foi se dar ao trabalho de
informar quase dois anos após a Presidência da República ter sido transmitida à
Sra. Rousseff, que não sabia de nada mas que agiu com extrema presteza para
intervir no assunto?
Ora, algo está errado nisso;
errado ou mal contado.
A Sra. Rousseff, que é tida e
havida como uma competente administradora (informo a meus leitores que não
compartilho com essa avaliação), levou dois anos para acabar com o gabinete da
Presidência em São Paulo!
Gabinete que não servia para
mais nada se não dar um emprego à amante do ex-Presidente e que dele fazia uso
para proporcionar a terceiros um ponto de encontro para negociatas!
Pela rapidez com que a Sra.
Rousseff agiu quando o assunto veio à tona, aparentemente ela não sabia de nada
mesmo. Mas que falha de seus assessores mais próximos! É assim que são
conduzidos os negócios neste País?
Não posso crer, mas cada vez
mais me decepciono com a Presidente!
Voltando ao desavergonhado.
Parece que tomou ainda mais
gosto por estar fora do Brasil!
Uma das alegadas razões é a de
que estaria em plena campanha para ser escolhido para receber o Prêmio Nobel da
Paz! Isso seria uma heresia absurda! Não me atrevo a cogitar disso.
Outra das supostas razões é
que teme que, chegando ao Brasil, seja convocado pelo Congresso (?) ou pela Justiça
para explicar certas coisas estranhas que ocorreram durante sua Presidência.
A mais séria (ao que se
saiba), mas da qual ele não sabia nada, era o inexistente (!) mensalão!
Bem, agora ele deve saber o
que era o mensalão e os responsáveis pelo mesmo.
(A propósito, o “chefe da
quadrilha” – a expressão não é minha, é da Procuradoria Geral da República –
esteve no último fim de semana aqui em Porto Alegre e, além de outras atividades,
teve uma reunião com o ex-marido da Sra. Presidente, que nem do mesmo partido
é. Mas o ex-casal ainda faz longas reuniões sempre que a Sra. Rousseff vem à
capital do Estado)
O desavergonhado também deve
saber que os famosos PACs foram, quase todos, para o brejo; deve saber do
enorme, monumental, rombo da Petrobrás, presidida pelo Sr. Sérgio Gabrielli,
que aspira ser eleito governador do Estado da Bahia. Também deve saber do
minúsculo “pibinho” do corrente ano.
É triste constatar que o líder
sindical inconteste, admirado por essa liderança; que o nordestino do interior
de Pernambuco, que veio para o sul do País para proporcionar a si próprio e a
sua família melhores condições de vida, tenha continuado a ser um virtual
analfabeto e tenha (junto com seu filho) se tornado um dos homens mais ricos do
País, coisa jamais vista no Brasil.
Quando tudo isso se tiver
tornado história, e for divulgado amplamente, o povo brasileiro certamente
conhecerá a verdade verdadeira, e se entristecerá por todos esses anos que
foram perdidos.
Impressionante o mal que uma
só pessoa pode fazer a uma nação inteira! A história nos dá alguns exemplos de
gente assim; penso que o mais notório, em anos relativamente recentes, tenha
sido um maluco chamado Adolf Hitler.
O Sr. da Silva não chegou aos
extremos do austríaco-alemão. Mas, mutatis
mutandi, também fez um mal enorme ao País!
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 19
de dezembro de 2012
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