A United Investments Portugal,
empresa com capital do Kuwait, vai investir 200 milhões de euros num projeto
turístico em Loulé, no Algarve, e que estava bloqueado há dez anos, foi hoje
anunciado no emirato.
Carlos Leal, diretor geral da United Investments disse à Lusa que o negócio estava bloqueado desde 2001, mas "o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal" (AICEP) fez o projeto "andar para a frente".
Carlos Leal, diretor geral da United Investments disse à Lusa que o negócio estava bloqueado desde 2001, mas "o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal" (AICEP) fez o projeto "andar para a frente".
"Foi atribuído ao projeto
o título núcleo de desenvolvimento económico tipo 3, da área do turismo, e que
é o primeiro em Portugal" disse Carlos Leal, acrescentando que pode
arrancar no final de 2013, início de 2014 e que vai gerar 350 postos de
trabalho diretos.
"Para a United
Investments, em termos de investimento, é um projeto significativo. Representa
200 milhões de euros, fica no conselho de Loulé e é um projeto em que
combinamos a componente hoteleira com a componente imobiliária e agrícola. Vai
ter ainda um campo de golfe 18 buracos (Gary Player) e é ainda dotado de um núcleo
de desenvolvimento económico", explicou Carlos Leal.
A empresa portuguesa com
capital kuwaitiano, da família Al Bahar, está em Portugal desde 1985, com
investimentos hoteleiros no sul do país: Portugal Pine Cliff Resort e o
Sheraton Algarve.
Para o empresário da United
Investments, a crise económica é uma "condicionante geral", que afeta
não só Portugal, mas também outros países europeus e, por isso, afirma "há
muito trabalho a fazer, tanto pelos investidores mas também pelas entidades
oficiais, em termos de tornarem o investimento mais atrativo".
Para o presidente da AICEP,
Pedro Reis, este projeto - que vai gerar 350 postos de trabalho diretos - é um
"exemplo concreto" em Portugal a nível económico e que "não tem
nada a ver com os constrangimentos e com os planos de assistência
financeira".
"Há um trabalho que pode
ser feito apenas por nós portugueses para tornar o país muito mais ágil e mais
amigo do investidor", disse Pedro Reis.
Referindo-se ao investimento
algarvio e que envolve capitais do Kuwait, Pedro Reis defendeu ainda o papel do
Estado como "facilitador" de negócios.
Título e Texto: OJE/Lusa,
18-12-2012
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