Lembram desta postagem Que os expressos, outros jornais e tevês levem consigo o Artur Baptista da Silva e outros 'economistas' para a tonga da mironga do kabuletê! ?
Pois é, parece que para lá
irão, com certeza.
Relembrando a lambidela de
Nicolau Santos (aquele mesmo que não ofereceu um pacote de bolachas à criança
que chorava, junto à caixa do supermercado, porque a mãe não podia comprar um
pacote de bolachas por causa do ministro Vítor Gaspar), no Expresso do último sábado
(22):
Artur Baptista da Silva é um ilustre desconhecido para a maioria dos
portugueses. Mas não devia ser um ilustre desconhecido para o Governo. Em
primeiro lugar, porque coordena a equipa de sete economistas que o
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, decidiu criar para estudar o
risco geopolítico e social na Europa do Sul como resultado dos programas de
ajustamento. E em segundo, porque é ele que ficará encarregado do Observatório
Económico e Social das Nações Unidas para a Europa do Sul, a instalar em
Portugal a partir de 2013.
Não adianta procurar no
Expresso, pois este deletou a entrevista e outros artigos com este pilantra.
Pergunta-se primeiro e investiga-se depois
Nuno Gouveia
A crise dos media em todo o
seu esplendor. Não será caso único, mas é talvez o caso mais grave de que me recordo, e que
envolve grande parte dos media portugueses. Ávidos de publicarem informação que
esteja de acordo com a sua própria narrativa, construída ao longo de editoriais
ou de peças mais ou menos politicamente orientadas, embarcam facilmente em
qualquer teoria, seja ela esburacada ou não, para fortalecer a sua agenda.
Quantas vezes não lemos opiniões nos media, em assuntos que dominamos, que
passam completamente ao lado da questão? Eu como não sou especialista neste
assunto em particular, fui lendo as tais notícias sobre o responsável da ONU
que defendia a tal renegociação da dívida com naturalidade. Afinal de contas,
vários colunistas e políticos alinhados à esquerda têm defendido o mesmo. E,
como sabemos, as pessoas gostam de se associar alguém com reputação para
defender as suas ideias. Neste caso seria um poderoso observatório da ONU e um
reputado economista, e por isso, andava meio mundo mediático a citar o
"especialista".
O que interessa: é uma vergonha que órgãos de comunicação social de referência tenham oferecido palco mediático a este senhor durante uma semana sem investigá-lo minimamente. Desde a entrevista ao Expresso na edição da semana passada, que, recordo, teve direito a destaque na primeira página do caderno de economia e duas páginas no interior, passeou-se pelos media como um grande especialista sobre a dívida portuguesa. Já antes tinha aparecido nos media, nomeadamente nesta peça de 30 de Novembro da RTP. A reboque deste senhor, a oposição, incluindo colunistas alinhados como o Nicolau Santos e tantos outros, utilizaram as doutas opiniões do "especialista da ONU" para criticarem o governo.
O que interessa: é uma vergonha que órgãos de comunicação social de referência tenham oferecido palco mediático a este senhor durante uma semana sem investigá-lo minimamente. Desde a entrevista ao Expresso na edição da semana passada, que, recordo, teve direito a destaque na primeira página do caderno de economia e duas páginas no interior, passeou-se pelos media como um grande especialista sobre a dívida portuguesa. Já antes tinha aparecido nos media, nomeadamente nesta peça de 30 de Novembro da RTP. A reboque deste senhor, a oposição, incluindo colunistas alinhados como o Nicolau Santos e tantos outros, utilizaram as doutas opiniões do "especialista da ONU" para criticarem o governo.
E agora? O ciclo
noticioso é frenético, e basta aparecer um órgão a citar um charlatão para
todos os outros irem atrás, sem pararem um minuto para pensar e investigar.
Talvez tenha sido isso que aconteceu, mas era importante que os responsáveis
editoriais assumissem as suas responsabilidades. Como é que ele apareceu?
Porque lhe deram voz? Convida-se assim pessoas para intervir no palco
mediático, apenas porque alimentam a narrativa preferida? Não se pergunta a
ninguém ou recorre-se o Google para verificar se o sujeito tem a mínima
credibilidade para participar num dos programas mais respeitados da televisão
portuguesa? Um momento negro para a imprensa portuguesa.
Quem também não sai muito bem
desta história é o governo. Um gabinete de comunicação minimamente eficaz (nem
precisaria de o ser muito) teria, logo após a sua primeira intervenção pública,
investigado e desmascarado o charlatão. A menos que quisessem que o famoso
"economista" da ONU tivesse palco mediático, para depois todos os que
o citaram caíssem nesta situação absolutamente patética. Ou seja, teria sido
uma forma maquiavélica de ridicularizar a oposição e os media.
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