Não acredito em destino, mas
sim, em decisão, atitude, querer fazer, decidir. Quem acredita em destino fica
preso na inércia esperando que o destino resolva seus problemas. O povo
brasileiro, em sua maioria, acredita justamente naquilo que não funciona:
governo, destino e deus. Fica esperando que os três macomunados resolvam seus
problemas. O resultado aí está bem à vista. Meu genro jamais sairá do Brasil
porque acha que o país está vivendo o melhor momento de sua história e que
muito em breve será a maior potência mundial. Entendeu? Bem, as empresas em que
ele e minha filha trabalham estão inseridas no contexto da filosofia
lulo-petista, ou seja, no capitalismo de comparsas, e eles são funcionários
importantes e ganham muito bem. Me impressionou ver o luxo do apartamento em
que eles moram na Lagoa, no Rio, mantendo duas empregadas, uma babá e uma
cozinheira arrumadeira. Isto na Austrália não existe, é coisa para milionários.
Lagoa Rodrigo de Freitas, foto: Igor, 30-10-2007 |
Meu caso foi bem diferente. Eu
terminei vindo para a Austrália por ódio ao Brasil e por necessidade de
recuperar a minha dignidade, pois quem vive num país como o Brasil perde a
dignidade humana, a menos que faça parte do esquema, se é que fazer parte do
esquema não seja em última instância não ter dignidade alguma. Eu nunca fiz
parte de esquema nenhum e sempre vivi do meu trabalho e dos meus esforços.
Larguei um emprego muito bem remunerado no Bradesco porque nunca fui de puxar o
saco de nenhum sacana banqueiro que gosta de puxas-saco. E o Brasil está cheio
desse tipo de gente em todas as áreas. Quem for puxa-saco ou mão leve no
Brasil, termina se dando bem. Sou muito grosseiro para essas gentilezas.
Outrossim, em viagem, estamos
aqui em Alice Springs, ou mais precisamente, num hotel nas Ayers Rock, onde
chegamos ontem. Já fomos a Kata Tijuka e no final do dia voltamos para Alice.
Amanhã pegamos um vôo para Perth onde passaremos o final do ano. De lá,
voltaremos para Darwin para preparar a viagem para o Japão.
Quanto ao clima do deserto,
por falta de vegetação e reservatórios de água, a temperatura durante o dia
sobe e à noite desce. Este fenômeno acontece em todos os desertos. Aqui na
região de Alice esta mudança não é tão brusca porque há vegetação e água.
Observe neste vídeo que em volta e em toda a região há uma vegetação semelhante
à das caatingas nordestinas do Brasil. De lá você avista Kata Tijuka, ou As
Olgas, um espetáculo. Estamos no coração do deserto, mas aqui o clima é mais
ameno e varia dos 35 graus ao meio dia aos 10 graus à meia-noite.
Fiz esta subida uma vez quando
estive lá pela primeira vez e a visão lá de cima é deslumbrante. É como se você
estivesse no topo do mundo. Desta vez não encarei. Andrea e meu genro subiram
com Kika, e nosotros ficamos em baixo
com as crianças. Lá em cima a rocha é tão quente que se você tirar o sapato
perde a sola dos pés. Observe que quem sobe tem que usar luvas para não perder
a sola das mãos. Lá de cima você percebe como o deserto é majestoso. Veja o
vídeo do Eric Frei, um cinegrafista aventureiro que já filmou os lugares mais
fantásticos deste planeta:
Todos gostamos da viagem e os turistas ficaram encantados com esta região, principalmente com a culinária de Alice Springs, uma delícia, para mim a melhor do mundo.
Ah, fizemos um passeio de
balão e andamos no lombo de camelos, programas imperdíveis aqui. Veja neste
outro vídeo como é a vida de turista em Alice Springs:
Um abraço e até a próxima,
Otacílio Guimarães, 29-12-2012
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