Ruchir Sharma da Morgan Stanley, autor de “Breakout Nations”, faz o
paralelo entre a crise asiática de finais dos anos 90 e a da Zona Euro e
conclui que a recuperação chegará em 2013. Inclusive em Portugal.

Em “Por que 2013 será o ano da
recuperação da Europa”, título do artigo hoje publicado no Financial Times, o
também autor do livro “Breakout Nations” assenta essa conclusão a partir de uma
análise do que se passou, em finais dos anos 90, com a crise no sudeste
asiático.
“A experiência asiática mostra
que um dos sinais mais fortes de recuperação em países assolados pela crise é o
retorno de excedentes às contas correntes. Esse é o ponto em que a economia
começa a gerar rendimento para pagar as dívidas externas”.
Escreve Sharma que a periferia
do euro está a aproximar-se do mesmo ponto. “Espanha, Portugal, Grécia e Itália
estão no caminho para passar a exibir excedentes da conta corrente no próximo
ano”.
A Europa está também a fazer o
ajustamento necessário nos custos do trabalho, sendo o melhor exemplo de
ajustamento o irlandês, cujo PIB deverá fechar o ano de 2012 já com algum
crescimento anual.
A amplitude da correcção das
Bolsas é outro parâmetro que, diz, concorre para a mesma conclusão. “ Hoje, a
proporção média do valor da capitalização bolsista para o PIB mundial é de
cerca de 80%; na Europa periférica, essa relação varia de 23% na Grécia a 38%
em Portugal, perto de onde os asiáticos estavam em 1998”. “Uma maneira de
pensar sobre o futuro da Europa está a ponderar esta questão: pode Itália não
valer mais do que a Apple?”, remata.
Título, Imagem e Texto: Jornal de Negócios, 19-12-2012, 13h40
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