quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Professores em Portugal

Professores, ainda jovens e já reformados
Completei este mês 39 anos completos de serviço. Sempre no ensino. Se tiver saúde, tenciono completar mais 11 e sair da função pública com 50 anos de serviço completo. Sempre a ensinar. Olho para os da minha idade e já não vejo nenhum a trabalhar. Todos reformados, a dizerem mal da troika, da Alemanha e do Governo que lhes quer cortar o valor da pensão em 10%.

Com tanto jovem reformado e tão pouca gente a criar riqueza, estou cada vez mais convencido de que o destino do país é o empobrecimento. Não é só o TC que impede qualquer reforma estrutural que reduza a despesa do Estado. São também aquela quase maioria de portugueses adultos que não fazem ponta de um corno e vivem encostados ao Estado e a dizer mal dele. O caso dos professores é sintomático da paranoia instalada. O desporto dos professores é dizer mal de um patrão que lhes paga o salário no dia 23 de todos os meses do ano, dá dispensas de serviço a centenas de professores para fazerem mestrados e doutoramentos e coloca numa escola à porta de casa milhares de docentes, por vezes sem horário letivo, para poderem prestar auxílio a familiares.

Há muitos portugueses inimigos do trabalho. Resta-nos empobrecer dia a dia, ano a ano, até ficarmos uma perfeita Albânia. Merecemos esse destino. A mais recente inconstitucionalidade decretada pelo TC é um passo em frente nesse sentido. A partir de agora, uma empresa em dificuldade só consegue resolver o problema despedindo todos os trabalhadores, os bons e os calões. O dono da empresa está impedido de escolher quem despede. Viva o socialismo!
Título e Texto: Ramiro Marques, no blogue “ProfBlog

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