Marcos Luiz Garcia
Até algum tempo atrás podíamos
ver meninos correndo de um lado para o outro numa brincadeira sadia e
divertida. No mais das vezes eram heróis perseguindo bandidos para fazer
justiça. Ao som de bang-bang e para-papá, nas mentes infantis ia se formando a
noção do certo e do errado, além do direito de se defender do mal e de puni-lo.
Outros eram os tempos em que
brinquedos inocentes como bonecos de cowboys, cavaleiros e soldados, espadas,
cavalos e “armas” eram os mais desejados pelos pequenos, e, ganhá-los meritoriamente
através do bom comportamento e das boas notas na escola deixava pais e filhos
felizes.
Num país de maioria católica
como o nosso, nunca passou pela cabeça de sacerdote ou bispo algum condenar tal
brincadeira, pois a consciência católica se matinha tranquila em face desse
antigo costume. Mas a mentalidade moderna inverteu o que até então servia de
modelo para as crianças.
No lugar de heróis perseguindo
o mal, deparamo-nos com brinquedos monstruosos para fazer o papel de heróis,
sem nenhum predicado moral dos antigos cavaleiros e cowboys. A propaganda e a
TV se encarregam de impor aos jovens brinquedos que misturam sensualidade e
monstruosidade, removendo assim a noção do bem, do belo e do feio juntamente
com a inocência e a pureza.
.jpg)
A antipática proibição da
venda de armas de brinquedo – aliás, ignorando o sonoro NÃO sufragado em
referendo sobre o desarmamento – acarretará um verdadeiro vácuo na formação da
mentalidade dos novos brasileiros, que se concretizará numa incapacidade de se
defender dos bandidos.
A quem aproveita isso senão
aos próprios bandidos? Nossos filhos estão crescendo num mundo onde roubar e
matar tornou-se corriqueiro, e todos estão instruídos a não reagir diante da
perda da carteira e até da ameaça de perder a vida. Será que a proibição no
Distrito Federal da venda de armas de brinquedo atende aos anseios da
população?
Ao visitar algumas lojas de
brinquedos antes do dia das crianças, pude comprovar que os mais destacados nas
prateleiras – e os mais procurados pelos pais – eram justamente as “armas”…
Quererá o governo petista nos impor mais esta despótica política?
Caso afirmativo, só os
bandidos lucrarão, pois nossos filhos e netos serão formados segundo a
mentalidade de que roubar e matar é a coisa mais fácil do mundo, uma vez que as
pessoas estão preparadas para não reagir e ver seus bens ou suas vidas se
escoarem vilmente sem a menor resistência. No que isso difere de uma
escravidão?
Título, Imagens e Texto: Marcos Luiz Garcia, Agência Boa Imprensa, 24-10-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-