Vício do latim "vitium",
que significa "falha" ou "defeito" é
um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao
viciado e aos que com ele convivem.
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Sócrates afastando Alcebíades
do vício, óleo sobre tela, Jules Le Chevrel, 1865
|
O álcool em demasia, das
bebidas charmosas de hoje em dia, pode fazer com que muitas pessoas venham a
aderir ao alcoolismo posteriormente. Muita gente começa bebendo socialmente
e descobre mais tarde que a bebida pode servir de “máscara” e de “suporte
para se enfrentar” ambientes ou situações antes inimagináveis.
Os jogos virtuais viciam
crianças com muita pouca idade. Existem relatos de jovens e crianças, cujo
entretenimento maior são os jogos de computador com as características de
conquistas e guerras que tenham desafios virtuais que os levam a permanecer
horas perante uma pequena tela, matando e morrendo,
indiferentes ao mundo ao seu redor.
Até o trabalho vicia, e
atualmente nos consultórios de psicólogos são os workaholics um
número bastante considerável. Retire deles a atividade do trabalho e eles terão
a síndrome de abstinência em igual intensidade de um alcoólatra. A cada desafio
vencido e a cada meta alcançada é recebido com mais satisfação do que um
prêmio.
Há vícios de todos os matizes.
Uns beiram à neurose, outros nem tanto. Existem vícios temporais como a
contestação dos mais jovens sempre a perguntar o porquê disso
ou daquilo e, mesmo após conhecedores desses “porquês”, continuam questionando.
Na fase adulta, normalmente cessam tais indagações até porque as experiências
da vivência, ensinam bem melhor.
O vício de mentir, só por mentir,
pode não ser tão perigoso dependendo da mentira fabricada, porém, qualquer
descoberta é no mínimo constrangedora para ambas as partes, principalmente
para os enganados. Na maioria das vezes isso está embutido no caráter
do indivíduo e se processa a cada relacionamento, seja
casualmente ou permanentemente.
Geralmente, o próprio
mentiroso contumaz acredita naquilo que está inventando ou afirmando. Dentre os
mais compulsivos nesse vício estão os indivíduos da classe política, assumindo
publicamente compromissos antes de eleições e não
os cumprem quando eleitos.
Também durante os
mandatos realizam até mentiras contínuas em conjunto, quando
dizem que atenderão um problema de
significado capital e posteriormente, repassam para subalternos que
sabem que devem manter as coisas como estão, e a mentira
produzida oportunamente aumenta, se esticando e ganhando tempo para na hora que
considerarem como apropriada, mostrar a conclusão de “estudos” que indicam
impossibilidades causadas pelos motivos X, Y e Z.
Determinadas circunstâncias caracterizam esse
tipo de vício de mentir, pois segundo o comportamento de pessoas maquiavélicas,
há um prazer inenarrável em
se ver a esperança de “outros” se diluir... esmorecer, seja
com o dilatamento exagerado de prazos ou com a explícita falta de empenho na
realização do que ficou combinado. Muito pior quando há a conjugação de mentiras
& reuniões onde alguns assessores muito interessados em
aparecer e usufruir do cenário, apressam-se em fornecer idéias tais como:
“Vamos informar aos interessados que
estamos estudando tudo detalhadamente; O assunto está tendo desdobramentos e na
semana que vem deverá estar concluído; O atraso é devido aos cálculos que são
executados por especialistas que trabalham distantes do nosso ambiente de
reunião”.
Em resumo, o
vício de mentir políticamente está ligado diretamente
ao prazer de não “pagar” qualquer compromisso ou promessa.
Esse “prazer” em qualquer situação, age de forma compensatória
“cobrindo” o que está intimamente ligado a débitos futuros.
Título e Texto (e Grifos): Jonathas Filho, não mente nem
inventa, só apresenta, 22-10-2013
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