Foram constituídas 27.318 empresas até Setembro, mais 16,4% do que há
um ano, o dobro da soma das dissoluções (menos 17%) e insolvências (menos 5,6%)
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Foto: Paulo Duarte/Negócios |
O relatório, que o Negócios
tinha já noticiado esta manhã, mostra que analisando apenas o terceiro
trimestre de 2013 registou-se um aumento de 12,2% na criação de empresas e uma
descida no encerramento (-18%) e nos processos de insolvência (-6,4%) em
relação ao trimestre homólogo de 2012.
O forte crescimento das
constituições no acumulado do ano é acompanhado por uma redução considerável
das dissoluções de empresas (menos 17,%, num acumulado de 9.733) e de
insolvências (menos 5,6%, fixando-se em 4.244). Isto significa que, nos
primeiros nove meses do ano, foram criados sensivelmente o dobro de negócios
face aos que desapareceram ou entraram em processo de insolvência.
Mais: em praticamente todos os
sectores de actividade e distritos do País verifica-se um saldo positivo entre
as constituições e a soma das dissoluções e insolvências. Há apenas duas
excepções e com um saldo próximo do zero: o sector do gás, electricidade e
água, que representa apenas 0,4% do total de 492 mil empresas existentes em
Portugal; e o distrito da Guarda, onde entre criações e falências registou uma
perda de nove empresas.
De acordo com a Informa
D&B, este saldo positivo "deve-se, maioritariamente, ao movimento de
empreendedorismo aparecer com um enorme destaque" e à combinação de
diversos factores. "A emergência de alguns sectores como, por exemplo, a
agricultura, pecuária, pesca e caça, nos quais, nos últimos 12 meses, foram constituídas
sete empresas por cada empresa que encerrou", destacou Teresa Menezes,
directora-geral desta consultora especialista no tecido empresarial.
Assim como, enfatizou a mesma
responsável, "a renovação de alguns sectores, onde as novas empresas
introduzem no mercado inovação, deixando de existir outras que podem não ter
acompanhado o desenvolvimento da sociedade actual".
De resto, salientou, "existe
uma correlação entre o aumento do desemprego e o aumento das constituições, já
que entre a população desempregada surge esta iniciativa", a que acresce
"a facilidade com que em Portugal se pode abrir e fechar uma
empresa".
Até Setembro, os sectores dos
serviços (mais 32%), retalho (16%) e alojamento e restauração (11%) foram os
que registaram maior número de constituições, representando mais de metade do
total neste período. Já o maior crescimento verificou-se nas indústrias
extractivas (mais 59%) e transformadoras (22,4%) e nas actividades financeiras
(24%).
Lisboa (28%), Porto (19%) e
Braga (9%) continuam a concentrar o maior número de constituições. No entanto,
o Porto (mais 20,4%) e Braga (mais 17,5%) apresentam, nos primeiros nove meses
do ano, um crescimento superior ao verificado em Lisboa (mais 12,9%). Já nas
insolvências, houve uma redução da ordem dos 15% nos dois distritos do Norte e
um aumento de 7% na capital, ao passo que as dissoluções em Lisboa recuaram
17%, no Porto 14% e em Braga apenas 3,6%.
Título e Texto: Rui Neves, Jornal de Negócios, 30-10-2013, 14h58
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