Almir Papalardo
Desde a criação do mundo o ser
humano demonstra grandes e inúmeros defeitos, entre eles o "Egoísmo",
uma distorção de caráter, que acredito, sem solução e, até certo ponto,
compreensível e aceitável desde que não cause danos irreversíveis aos seus
semelhantes.
Não é um dos piores pecados do
homem, que visa exclusivamente os seus próprios interesses (lei do Gerson
"gosto de levar vantagem em tudo"), nascendo daí a famosa máxima
popular: "Farinha pouca meu pirão primeiro". Existem outros defeitos
de maior gravidade praticada pelo homem, que chocam-se frontalmente contra os
ensinamentos do nosso Pai Supremo. Não condenemos pois, com muita severidade, o
"Egoismo Humano".
É muito raro que as pessoas
sumamente individualizadas e pretensiosas, tenham o necessário discernimento,
suficiente, para reconhecerem que é necessário expandir todo o seu campo
visual, analisando por todos os ângulos possíveis, as prioridades na
erradicação de problemas carentes de soluções urgentes.
Nós, os aposentados,
condenamos o governo federal por nos esquecer literalmente, esquecendo-nos, nos
próprios, que esse mesmo governo, tem centenas de problemas sérios e cabeludos,
no aguardo de providências corretivas de sua total e única responsabilidade de
bem conduzir a pátria. Se estamos num degrau da vida juntamente com várias
outras pessoas, não vamos ter a pretensão de julgar que o governo tem a
obrigação de nos colocar, porque assim queremos, no degrau de cima. Precisamos
nos conformar se não formos os escolhidos e aumentar com classe as nossas
cobranças, objetivando ser os próximos a subir um degrau.
E some-se a isto, a
dificuldade patente em se conseguir uma boa administração, porque a corrupção
prevalece em algumas áreas do país, por culpa exclusiva da nossa Constituição,
que dá plenos poderes a um número super exagerado de poderosos, quando,
somente, uma terça parte desses legisladores atuais, já seria o suficiente para
tocar melhor, mais corretamente e com maior firmeza o país para a frente.
Qualidade legislativa sim, funciona! Quantidade, ao contrário, só tumultua...
Nossa categoria de aposentados
deveria se conscientizar que por sermos agora inútil ao governo central, que é
obrigado a nos sustentar sem receber mais a outrora e cobiçada contribuição
mensal para o INSS, não somos mais bem quistos (minha opinião é que nunca
deveríamos ter parado com os descontos para a Previdência), a equipe econômica
governamental não tem e nunca terá boa vontade política para nos fazer justiça.
Temos que saber conquistar essa boa vontade dos governos.
Se ignoram por conveniência
própria e leniência da oposição certos Artigos da Nossa Carta Magna, mais
facilmente e sem sentimento de culpa, ignoram os velhos aposentados que não têm
força alguma, nenhuma representatividade política, não dão ibope, não podem
ameaçar a paz dos Estados com greves, não têm pique para efetuar manifestações,
e não sabem fazer bom uso do voto onde a maioria esmagadora não comparece mais
às urnas e, muitos ainda, se dão ao luxo de anularem seus votos, deixando o
atual governo tranquilo e confiante em vitórias sucessivas.
Diante de todos estes itens
desfavoráveis ao aposentado, quando não contamos nem mesmo com a favorabilidade
da sociedade, nem com o apoio de dois terços de co-irmãos aposentados que são
beneficiados nos reajustes com os mesmos percentuais do salário mínimo, ainda
costumamos imprudentemente alimentar a raiva dos nossos inimigos, com
xingamentos e ofensas morais, uma tática totalmente equivocada, porque cada vez
mais as canetadas da dona Dilma como castigo rubricam sempre contra o pobre
aposentado. Haja vista que ela nos concedeu apenas no seu primeiro mandato,
dois reajustes com percentuais inferiores até mesmo ao da inflação apurada,
coisa jamais acontecida com os dois presidentes anteriores, mostrando uma
nítida vontade de prejudicar os aposentados malcriados.
Os segurados do RGPS atingidos
precisam rever urgentemente seus métodos de combate, porque os atuais têm se
mostrado ineficazes, embaraçando cada vez mais os nossos caminhos, em busca de
direitos surrupiados e, condenados, se nada for feito, a converter-se numa
irrisória aposentadoria de apenas UM salário mínimo, embora quando ativos
nossas contribuições a Previdência Social fossem feitas sobre vários salários
mínimos vigentes na ocasião.
Título e Texto: Almir
Papalardo, 18-02-2014
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