Impunidade costurada. No
primeiro julgamento de formação de quadrilha, quatro votos favoráveis aos
quadrilheiros dentre os onze ministros do STF/2013, que entendera haver o crime
de quadrilha, como a sociedade de um modo geral a sentira por conta da
impossibilidade de que desvio de recursos de tal envergadura a beneficiar o
governo petista, não impusesse elevado grau de coordenação e controle na
estrutura da organização criminosa, dividida nos núcleos político, publicitário
e financeiro, fartamente comentado pelos ministros e imprensa. Comparável ao
padrão FIFA/Copa do Mundo e não ao SUS, inferno e purgatório do povo a mendigar
assistência médica.
Já no STF/2014, STF do B, por
6 votos a 5, simplesmente, não houve quadrilha. Em ano de Copa, a seleção virou
time de várzea, pelada, mesmo envolvendo 153 milhões de reais. Votaram pela
absolvição dos réus, os ministros Luís Barroso, Cármen Lúcia, Ricardo
Lewandowski, Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber. Por acatarem a formação
de quadrilha votaram os ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso
de Mello e Joaquim Barbosa.
Incompreensível constatar que
quatro votos contra sete tiveram mais força do que os cinco atuais contra seis,
tendo o processo chegado a essa fase graças ao voto do ministro Celso de Mello
no célebre desempate (estava 5 x 5) em favor da aceitação dos embargos
infringentes; ambiguidade entre o que determina a lei e regimento interno da
Corte.
Hoje, paira o descrédito na
Justiça no mais alto nível que parecia ao público agir contra impunidade.
Quadrilha a olhos vistos, impossível não combinar acertos com tanta gente
envolvida, cidades distantes e objetivos comuns.
Aquele voto fatídico de Celso
de Mello, o resultado escabroso desta feita e o seu pronunciamento passado,
“Este processo revela um dos episódios mais vergonhosos da história política de
nosso país, pois os elementos probatórios que foram produzidos pelo Ministério
Público expõem aos olhos de uma nação estarrecida, perplexa e envergonhada, um grupo
de delinquentes que degradou a atividade política, transformando-a em
plataforma de ação criminosa...”, não se harmonizam com a lógica. O decano foi
o grande culpado e não acreditou na ideologia dos novos ministros que
demonstraram a que vieram.
O ministro Joaquim Barbosa
adverte e faz menção a uma maioria de circunstância para alterar as
condenações. "Temos uma maioria
formada sob medida para lançar por terra o trabalho primoroso desta Corte no
segundo semestre de 2012. Isso que acabamos de assistir. Inventou-se um recurso
regimental totalmente à margem da lei com o objetivo específico de anular a
reduzir a nada um trabalho que fora feito. Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que esse é apenas o primeiro passo.
É uma maioria de circunstância que tem todo o tempo a seu favor para continuar
sua sanha reformadora.".
A sociedade já está estupefata
diante de um Congresso sob as rédeas do governo e da ditadura dos partidos
políticos. Repudia um Judiciário tipo chavista, maduro, quase podre.
Título e Texto: Ernesto Caruso, 28-02-2014
Via Waldo Viana
Via Waldo Viana
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Pois é; comentar o quê? Que a quadrilha mudou de lugar e agora está instalada dentro do próprio STF?Que não adianta as vozes indignadas do povo contra toda essa safadeza implantada por gente de um partido morfético? Que as urnas já estão preparadas para reeleger a ANTA e sequazes? O que cabe perguntar de fato é: CADE OS MILITARES que por pouco menos tomaram as rédeas do país em l964?? Se o fizerem novamente, o que eu espero que aconteça, não deem chance de fuga nem prisão para essa cambada. FUZILAMENTO em praça publica para que nunca mais tenham a chance de voltar.
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