Quando certos lideres
políticos se põem a debitar máximas, sabemos que estão desesperados. António José Seguro não sabe bem que galho deve agarrar para não ficar pendurado e avança com esta ideia peregrina - Sines, capital da humanidade. Se
quisermos ser justos, este socialista deveria partilhar o projecto com Cavaco.
Sim, foi o presidente que por aí andou a apregoar as virtudes do mar e das
fainas.
Ora, o amigo Seguro parece não ver o mundo em que vivemos. Para Sines ser o hub marítimo inter-modal de referência, é necessário que a Europa esteja a florescer economicamente. Daqui a nada, se deixarem, os conselhos de ministros realizar-se-ão nessa terra alentejana. Como os primeiros fundos comunitários que chegaram a Portugal foram esbanjados no alcatrão das auto-estradas, essa "desculpa" já não serve. Há que inventar uma outra narrativa para justificar novos fundos comunitários. Um guião para lançar caminhos de água, cursos de formação na arte de marear e desviar.
Vira o disco e toca o mesmo.
E, essencialmente, serve esta imagem para ilustrar o vazio de ideias que Seguro
traz no alforge. É como se quisesse ser o neo-infante D. Henrique, o
descobridor do caminho marítimo para São Bento. Enfim, com este senhor Portugal
não vai longe e não dobrará as tormentas.
A questão que deve ser
colocada em plena época de listas europeias; como é que este senhor chegou a
secretário-geral do PS e quem destronará o almirante do Rato? Já percebemos que
nem serão as eleições legislativas a determinar essa ocorrência. Será
certamente um inside job, um golpe palaciano, com Costa à mistura,
Soares na retaguarda (ou não), mas uma coisa é certa: os socialistas têm de
desencravar esta unha se é que pretendem credibilizar-se junto do público que
não é necessariamente socialista.
O homem parece se ter lembrado
do mar por causa do Meco ou das tempestades que têm fustigado a costa
portuguesa. Deu-lhe para aquilo. Para a semana será outra coisa qualquer.
Título, Imagem e Texto: John Wolf, “Estado-Sentido”,
16-02-2014
Seguro quer Sines como
plataforma logística internacional. Que é mais ou menos que dizer que queremos
carros fabricados na autoeuropa.
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