Hoje me peguei pensando que,
quando não reclamamos de qualquer irregularidade, compartilhamos e participamos
dos erros cometidos pelos outros. Passamos então a ser coautores. Será medo de
ser considerado um inoportuno... pelo receio da crítica ou por preguiça de não querer
criar nenhuma situação constrangedora, em que se tenha que se desgastar, cobrando
disciplina e/ou atitudes pertinentes?
Será isso uma situação que
nasceu no tempo do “descobrimento” e se arrasta até os dias de hoje? Transformou-se
em cultura de um povo o “deixa prá lá”?
Trabalhei numa empresa em que
a dona, sempre que eu me manifestava contra uma “desobediência” ela dizia:
“Deixa quéto”!
Será porque ninguém quer
brigar pelo próprio bem-estar? Ninguém quer brigar pelo certo? Nem mesmo pelo
seu direito?
Será melhor deixar tudo do
jeito que está para ver como é que fica? Meu Deus, tenho certeza que isso é uma
irresponsabilidade. Nesse “deixa quéto” ninguém se expõe, ninguém se preocupa,
ninguém se estressa, ninguém se machuca e a tudo continua a “lesma lerda” e
consequentemente todos se lambuzam nisso, querendo ou não; afinal, somos
partícipes e, portanto, coautores. Há uma máxima no nosso Direito que diz que é
melhor um mau acordo do que uma boa demanda. Isso, de certa forma, tem a
conotação de masoquismo, quando se prefere a dor e a humilhação ao invés da
peleja pelos seus direitos legítimos.
O que é que falta em nós?
Raça? Isso não define
atitudes.
Conhecimento? Isso não impele
ao questionamento.
Interpretação? SIM, ISTO TE
FAZ ENTENDER!
Sofrimento? SIM, ISTO TE FAZ
QUERER QUALIDADE DE VIDA!
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Boston, EUA, 16 de abril de 2013 |
Honestidade? Não, isso é DIGNIDADE!
Dignidade é a dimensão, onde se proliferam as virtudes. Dignidade só tem quem
sabe discernir o que é certo do que é errado e pratica o certo. Discernir, só quem
sabe é aquele que tem o conhecimento adquirido pela educação recebida. Até o
amor é aprendido e se não o aprendemos, continuamos como bestas.
Essa “tal” dignidade é comum
em vários países com um alto IRH – Índice de Responsabilidade Humana, onde a
grande maioria, mesmo sendo facultativo, não se exime de emitir seus pareceres e
de mostrar suas atitudes sobre quaisquer assuntos que possam criar prejuízos nesse
jeito de viver.
Aqui, em Pindorama, considera-se
que calar e “tirar o corpo fora” lhe livra de aborrecimentos. Será covardia ou
preguiça? Medo de ser considerado um chato? Será melhor “deixar quéto”?
A vida é feita de escolhas e
cabe aos interessados emitir sua vontade baseada nos seus pontos de vista e
divergir se necessário for, pois quem cala... consente, e então tudo
permanecerá idêntico a ontem e você
continuará conversando com o seu vizinho que aumentaram isso, cobraram aquilo,
não cumpriram o prometido e não fizeram o que deveriam ter feito.
Para você que me lê, a culpa,
na verdade, é de quem?
Título e Texto: Jonathas Filho, 26-02-2014
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