Estudo com ressonância
magnética revelou que cérebro de cães identifica vozes humanas e responde de
maneira diferente à emoção que elas transmitem
Um novo estudo acaba
de comprovar o que os donos de cachorros talvez já tivessem
percebido: pelo tom da voz, o animal identifica se seu proprietário está feliz
ou triste. Pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, usaram
exames de ressonância magnética para estudar como o cérebro de onze cachorros
reagia a diferentes sons. Segundo os cientistas, o cérebro dos bichos parece
ter uma área que apresenta uma maior atividade quando ouve vozes humanas ou
latidos do que outros ruídos sem importância, como o de um vidro quebrando. A
atividade é maior ao ouvir um som emocionalmente positivo do que um negativo. O
estudo foi publicado nesta quinta-feira no periódico Current Biology.
No estudo, em várias sessões de 6 minutos cada, os animais ouviram cerca de 200 sons de três categorias — vozes humanas, latidos e barulhos insignificantes —, enquanto os cientistas acompanhavam sua atividade cerebral. O exame também foi feito durante o silêncio. Os pesquisadores submeteram 22 humanos ao mesmo teste, para comparar os resultados, e constaram que as áreas cerebrais que respondiam à voz eram parecidas em homens e cães.
No estudo, em várias sessões de 6 minutos cada, os animais ouviram cerca de 200 sons de três categorias — vozes humanas, latidos e barulhos insignificantes —, enquanto os cientistas acompanhavam sua atividade cerebral. O exame também foi feito durante o silêncio. Os pesquisadores submeteram 22 humanos ao mesmo teste, para comparar os resultados, e constaram que as áreas cerebrais que respondiam à voz eram parecidas em homens e cães.
"Parece que o mecanismo que processa informações sociais é o mesmo em homens e cachorros", diz o neurocientista Attila Andics, líder do estudo. "Nós acreditamos que, por isso, a comunicação vocal entre as duas espécies é fácil e bem-sucedida."
A pesquisa ainda revelou que o cérebro dos cachorros respondia de maneira diferente se o som emitido por cães ou humanos tinha uma tonalidade feliz ou triste. Aos felizes, como uma gargalhada ou um latido de um cachorro quando o dono volta pra casa, algumas áreas do córtex auditivo mostravam maior atividade do que quando ouviam um choro de um cão ou um homem. "O estudo nos faz pensar quais aspectos da chamada habilidade linguística não são específicos da humanidade, mas também existentes em outras espécies", afirma Andics.
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