terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Imprensa internacional aos poucos desperta para o momento que vive o Brasil

Financial Times, The Economist, New York Times e Wall Street Journal já separaram linhas no último ano para tecer críticas à condução do país
Marlos Ápyus


Numa tentativa de atrair investimentos para o Brasil, a presidente Dilma foi ao Fórum Mundial de Economia de Davos, uma organização internacional independente que tem o objetivo de atrair líderes políticos e empresários. Contudo, o tiro saiu pela culatra. De acordo com o Financial Timeso país foi o grande perdedor do encontro: “o menos mencionado na lista ‘quente’ de Davos“.

Aos poucos a imprensa internacional desperta para a realidade econômica do Brasil. Em 2013, algumas publicações estrangeiras colocaram em evidência a decadência do que antes parecia ser um mercado promissor. Após, em 2009, dedicar uma capa à “decolagem” brasileira, ano passado a britânica The Economist deu destaque ao desgoverno que tomou conta da nossa economia.
“Desde 2011, o Brasil teve um crescimento de apenas 2% ao ano. Seus cidadãos estão descontentes – em junho, eles tomaram as ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos pobres e a ganância e corrupção dos políticos”, disse a publicação.

Pouco tempo depois, o New York Times e o Wall Street Journal engrossaram as críticas. O primeiro atacou a falta de estrutura, a concentração de renda e os impostos, e apontou ainda que a presidente não cumpriu as promessas feitas após os protestos de junho. O segundo, por sua vez, deu foco ao endividamento da classe média brasileira, à redução das exportações e à inflação alta.

No passado, quando o governo Lula era exaltado por tais publicações, a imprensa nacional era chamada de golpista por não reconhecer os supostos avanços do Brasil. Talvez por se apegarem apenas a números, os jornalistas estrangeiros não percebiam que o país se segurava não por uma boa estratégia econômica, mas por apostar num arriscado estímulo ao consumo que podia gerar – e gerou – endividamento da população, inflação e até mesmo o caos urbano, uma vez que automóvel foi um dos produtos com a venda mais estimulada.

Caso Larry Rohter
Nem só de elogios ao “B” do BRICS vivia a impresa estrangeira. É sempre válido lembrar o caso do jornalista americano Larry Rohter. Em 2004, o correspondente do New York Times escreveu matéria em que falava sobre os hábitos etílicos do então presidente Lula. O fato provocou sua expulsão do país, o que foi muito repercutido e criticado pelo mundo. Nesta ocasião, por óbvio, a militância governista se colocou contra o ponto de vista gringo.
Título e Texto: Marlos Ápyus, Implicante, 04-02-2014

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