Valdemar Habitzreuter
Não se sabe o que se passou no
íntimo do copiloto alemão, Andreas Lubitz, de 28 anos, ao protagonizar uma
tragédia de magnitude devastadora e que foge à racionalidade humana.
O instinto pela preservação da
vida é inerente a todo ser vivo. Mas este jovem alemão resistiu a esse instinto
e levou consigo à morte cento e cinquenta vidas (incluindo a dele) que não
tiveram escolha em continuar vivendo.
Surgirão muitas versões de
psicólogos e experts no trato de questões relativas de como o ser humano reage
a opressões e pressões no convívio na sociedade. Muitos dirão que o jovem
alemão foi vítima de depressão e quis dar cabo à vida. Mas, por que infligir a
outros o mesmo destino?
Outros dirão que a ele faltava
o sentido da existência, ou seja, é melhor mergulhar no nada do que levar uma
existência sem finalidade alguma e, por cima, cheia de empecilhos que vão na
contramão da boa vida.
Os testes psicológicos a que
passam os candidatos à profissão de aeronauta não estariam com seu tempo
contado? Diz-se que o jovem piloto passou com louvor os testes físicos e
psicológicos para integrar o quadro dos pilotos da Germanwing. Esta tragédia prova que falta muito à psicologia em
suas supostas verdades científicas.
Não seria oportuno e
apropriado a neurociência integrar-se à psicologia na escolha dos profissionais
que lidam com vidas humanas? Sim, é a neurociência que detecta as disfunções do
cérebro que pode alterar o comportamento de um indivíduo. O mapeamento do
cérebro diagnosticaria as perturbações cerebrais que afetariam o justo
desempenho das tarefas de um profissional do qual se requer plena
responsabilidade.
O nosso jovem alemão está
sendo amaldiçoado pela atitude que tomou em derrubar aquele avião. Mas, e a
companhia Germanwings? Vai ser
inocentada dessa tragédia? O brio alemão está em xeque, a alma alemã foi
ferida.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 27-3-2015
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