sexta-feira, 27 de março de 2015

A alma germânica foi ferida...

Valdemar Habitzreuter

Não se sabe o que se passou no íntimo do copiloto alemão, Andreas Lubitz, de 28 anos, ao protagonizar uma tragédia de magnitude devastadora e que foge à racionalidade humana.

O instinto pela preservação da vida é inerente a todo ser vivo. Mas este jovem alemão resistiu a esse instinto e levou consigo à morte cento e cinquenta vidas (incluindo a dele) que não tiveram escolha em continuar vivendo.

Surgirão muitas versões de psicólogos e experts no trato de questões relativas de como o ser humano reage a opressões e pressões no convívio na sociedade. Muitos dirão que o jovem alemão foi vítima de depressão e quis dar cabo à vida. Mas, por que infligir a outros o mesmo destino?

Outros dirão que a ele faltava o sentido da existência, ou seja, é melhor mergulhar no nada do que levar uma existência sem finalidade alguma e, por cima, cheia de empecilhos que vão na contramão da boa vida.

Os testes psicológicos a que passam os candidatos à profissão de aeronauta não estariam com seu tempo contado? Diz-se que o jovem piloto passou com louvor os testes físicos e psicológicos para integrar o quadro dos pilotos da Germanwing. Esta tragédia prova que falta muito à psicologia em suas supostas verdades científicas.

Não seria oportuno e apropriado a neurociência integrar-se à psicologia na escolha dos profissionais que lidam com vidas humanas? Sim, é a neurociência que detecta as disfunções do cérebro que pode alterar o comportamento de um indivíduo. O mapeamento do cérebro diagnosticaria as perturbações cerebrais que afetariam o justo desempenho das tarefas de um profissional do qual se requer plena responsabilidade.

O nosso jovem alemão está sendo amaldiçoado pela atitude que tomou em derrubar aquele avião. Mas, e a companhia Germanwings? Vai ser inocentada dessa tragédia? O brio alemão está em xeque, a alma alemã foi ferida. 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 27-3-2015

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