Cesar Maia
1. TRECHOS DESTACADOS:
1.1. Desde janeiro a página no
Facebook do grupo Revoltados Online
teve o engajamento de 16 milhões de pessoas nos últimos três meses. O Vem Pra Rua chegou a 4 milhões. Para
comparar: no mesmo período as páginas do Facebook Dilma Rousseff e PT foram
compartilhadas por 3 milhões de pessoas. Deu resultado. Em fevereiro as
mensagens/textos/vídeos oposicionistas conseguiram a capacidade de atingir 80
milhões de brasileiros. As páginas do Planalto mais as do PT, 22 milhões. Ou
seja, se fosse uma partida de futebol estamos entrando em campo perdendo de 8 a
2.
1.2. De um lado, Dilma e Lula
são acusados pela corrupção na Petrobras e por todos os males que afetam o
País. Do outro, a militância se sente acuada pelas acusações e desmotivada por
não compreender o ajuste na economia. Não é uma goleada. É uma derrota por WO.
Não será fácil virar o jogo. Pesquisa telefônica SECOM/ Ibope mostra que 32%
dos entrevistados mudaram de opinião sobre o governo negativamente nos últimos
seis meses. Esse movimento é mais perceptível entre os moradores do interior
(35%), pessoas com renda familiar entre 2 a 5 SM (36%) e que avaliam o governo
como regular (37%). As principais razões para essa mudança são: os escândalos
de corrupção (31%), aumento da inflação (28%) e o fato de o governo “não
cumprir o que promete” (16%).
1.3. É preciso consolidar o
núcleo de comunicação estatal, juntando numa mesma coordenação a Voz do Brasil, as páginas de sites,
Twitter e Facebook de todos os ministérios, o Facebook da Dilma e a Agência
Brasil. A publicidade oficial em 2015 deve ser focada em São Paulo, reforçando
as parcerias com a Prefeitura. Não há como recuperar a imagem
do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do Haddad.
Há uma relação direta entre um e outro.
1.4. Dizem que passado o
terremoto de Lisboa, o rei Dom José perguntou ao marquês de Alorna o que podia
ser feito. Ele respondeu: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os
portos”. Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e
discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido. Cuidar dos
vivos, é que depois de enterrar o passado, temos que cuidar do que sobrou, dar foco
ao presente. Fechar os portos, evitar o pânico entre os nossos, impedir o
salve-se quem puder, a fuga em massa. Significa que não podemos deixar que
ocorra um novo tremor enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que
restou.
Título e Texto: Cesar Maia, 19-3-2015
Grifo: JP
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