Valmir Fonseca Azevedo
Em 15 de março de 2015,
alienígenas invadiram o Brasil.
Vieram clonados de nacionais,
como marmanjos, moços, idosos, mulheres, senhoras, moças e de exemplares de várias
espécies de nosso folclore.
Especialistas em manifestações
avaliam entre um a dois milhões de ETs.
Pacíficos, os seres de outro
planeta se limitaram a percorrer as principais ruas e avenidas de muitas
cidades, na maioria das capitais, e em diversas cidades de menor porte.
Foram facilmente identificados
pelo populacho que assistia embasbacado à sua marcha, quase uma procissão.
Em geral, trajavam
indumentária verde ou amarela, ou verde e amarela. Muitos portavam placas e
cartazes.
Não carregavam armas, nem
escudos, nem qualquer artefato bélico, por isso, ninguém teve a coragem ou a
cretinice o suficiente para admoestá - los.
As polícias evitaram os
excessos, embora em alguns casos tenham se esforçado para arrefecer a sua
caminhada e diminuir o seu efetivo que crescia a cada hora.
Os transeuntes nativos olhavam
boquiabertos a empáfia e a coragem dos invasores.
Quem são eles? O que querem?
Por que vieram de alhures, aparentemente defendendo os direitos dos nacionais?
Vieram de outra galáxia? Como
o caos econômico e moral que se abate sobre o Brasil chegou tão longe?
Estas entre inúmeras parecem
ser as razões da invasão pacífica.
Muitos indagam as razões de um
contingente alienígena ter pousado na terra, em nosso País, para desafiar os
cretinos que depravam e roubam todas as classes.
Os religiosos alegam que
devemos agradecer a mão de Deus. Outros, que os ETs acompanham deprimidos a
derrocada do País, e resolveram interferir pacificamente, mostrando à população
de que ela deverá ter coragem e determinação para expurgar seus inimigos.
A invasão começou pela manhã,
estendeu-se pela tarde, e só acabou ao anoitecer, e depois, da mesma forma
silenciosa como eles chegaram se foram.
O desgoverno, assustado,
determinou os pronunciamentos de dois arrogantes ministros (que procuraram
minimizar as manifestações, sob alegação mentirosa de que delas participaram
APENAS os que não votaram na presidanta), na tentativa de arrefecer a
indignação dos ETs, para evitar que o populacho impregnado pelo exemplo
estrangeiro prosseguisse a marcha, e até empregasse o uso da força, se
necessário.
Hoje, uma tremenda dúvida
invadiu a mente da sociedade brasileira: os alienígenas são confiáveis? Sua
marcha foi uma demonstração de que a coragem, a vontade de expulsar
presidentes, ladrões, canalhas e terroristas pode e deve ser realizada quando
for necessário?
Tudo indica e são muitos os
sinais de que ainda existe pelo menos uma molécula de moral na alma do povo, e
que somadas às indignações populares, elas se tornam imbatíveis e capazes de
alimentar a chama da justiça e o fervor da cidadania.
O desgoverno está preocupado,
temeroso que a ação alienígena tenha plantado no coração da massa nativa o
poder da revolta, a coragem do desafio e a garra para dar um fim no caos e na
imoralidade.
O desgoverno, infelizmente,
continua o mesmo e deverá adotar medidas paliativas para manter-se no poder,
nada de relevante, pois prosseguirá onerando a população com pesados impostos
e, efetivamente, nada fará que possa afastá-la do domínio total.
Os entendidos preveem que
alguns alienígenas não retornaram para as suas origens e que pretendem num
futuro próximo desencadear uma nova marcha, menos pacífica, e forte o
suficiente para empregar a força das armas, até atacando e vencendo o exército
do Stédile.
Alguns nacionais tentam entrar
em contato com os ETs na busca de orientações, e quiçá participar dos
planejamentos e ações futuras.
Vamos aguardar.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 17 de março de 2015
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