Sandra Clemente
Passos Coelho pegou num país
falido, sem acesso a financiamento e comprometido com um programa de
ajustamento violentíssimo e conduziu-o, durante três anos, para fora do
resgate, voltando a financiar-se nos mercados a taxas de juro mais baixas de
sempre, pôs a economia a crescer, o desemprego a baixar e o emprego a aumentar.
A primeira etapa, tirar o país
da assistência financeira, foi ultrapassada e a segunda, fazer de Portugal um
país com futuro, semeada durante a primeira, está a ser vencida. O País tem
confiado. Nestes quatro anos o Governo reformou de tal maneira a economia que
alterou o seu perfil estrutural com consequências a todos os níveis: o sector
exportador está a ser o motor de saída da crise. Aumentou o investimento (o
público está em queda). A prioridade é agora a industrialização. Na banca
mudaram todos os protagonistas. Na classe política virou a geração, na
empresarial está a virar. Saíram 60 mil pessoas do Estado que funciona.
Na educação saíram cerca de 30
mil professores e ninguém ficou sem aulas; na saúde a factura com medicamentos
e as rendas aos laboratórios caíram centenas de milhões de euros; na justiça
foi feita uma reforma sem precedentes; na defesa a reforma 2020; na energia e
obras públicas (PPP) foram cortadas rendas com poupanças, presentes e futuras,
de milhões de euros ao contribuinte; o Estado manteve e reforçou a rede de
segurança para os mais vulneráveis à crise. Pelo caminho, o Governo enfrentou a
oposição do Constitucional que boicotou a reforma do aparelho do Estado e a não
comparência do PS para um acordo inadiável de reforma da segurança social.
Não são queixas, são factos, e
os factos criaram impossibilidades. O alerta do FMI para que as reformas
estruturais não parem terá muito de pressão para o Governo mas chama sobretudo
a atenção para o retrocesso que significam Costa e ‘entourage', membros dos
governos de Sócrates que faliram o país, que continuam a prometer o que nos
faliu e tudo o que o Governo Grego foi obrigado a congelar há duas semanas para
obter financiamento: aumento de salários públicos, pensões e investimento
público (tudo sem planeamento, sem gerar valor acrescentado, apenas dívida),
travar privatizações. Já ultrapassamos esta fase, o Governo precisa de mais
quatro anos para a modernidade do país se solidificar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-