quinta-feira, 28 de maio de 2015

Onda de violência no Rio faz comércio oferecer escolta a clientes no centro

Hanrrikson de Andrade
Preocupados com a onda de assaltos e esfaqueamentos no Rio de Janeiro, comerciantes do centro da cidade estão oferecendo escolta a grupos de clientes, principalmente mulheres, no percurso entre o estabelecimento e o local de trabalho ou estudo. A iniciativa partiu dos restaurantes localizados na rua Santa Luzia e na avenida Graça Aranha, onde almoçam trabalhadores de empresas como Petrobras, Vale do Rio Doce, Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), entre outras.
 
Cartaz colado em poste alerta os pedestres para alto índice de assaltos na região do Arquivo Nacional, na praça da República, no centro do Rio
A escolta funciona de maneira informal e gratuita. Uma vez solicitada ao estabelecimento, os seguranças que trabalham para o comércio da região são orientados a acompanhar os clientes no trajeto de volta. "Tem umas duas ou três semanas que a gente faz isso. As pessoas pedem mais no sábado, quando o centro fica deserto", relatou um dos seguranças que atuam na rua Pedro Lessa, nas imediações do prédio do MEC (Ministério da Cultura) e da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

Na região central do Rio, assim como na zona sul, há relatos constantes sobre a ação de criminosos armados com facas e outros objetos cortantes. Um dos casos mais recentes ocorreu na última sexta-feira (22), quando a turista chilena Isadora Ribas Carmona, 38, foi ferida no pescoço durante assalto na praça Paris, na Glória. O ladrão fugiu levando o celular da vítima. Ela foi atendida e liberada.

No sábado (23), estudantes do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), situado na avenida Presidente Wilson, retornaram do almoço na companhia de um segurança do restaurante Benedito. Segundo uma aluna do curso de pós-graduação em Marketing Estratégico, o risco de assaltos faz com que os universitários saiam para almoçar em grupos de mais de dez pessoas. "Não está fácil andar pelo centro. Sentir medo é inevitável", afirmou ela.

A reportagem do UOL tentou entrar em contato com restaurantes da rua Pedro Lessa, mas não houve retorno dos proprietários e os gerentes ouvidos preferiram não comentar o fato.

Em nota, a Polícia Militar informou que "o policiamento no centro da cidade segue reforçado com PMs e carros baseados em pontos estratégicos". De acordo com o comando do 5º BPM (Praça da Harmonia), rondas são feitas diariamente com policiais a pé, em bicicletas e a cavalo. Também estão sendo acionados policiais do serviço reservado da corporação (à paisana). A assessoria de comunicação da PM não fez qualquer comentário sobre a escolta informal oferecida pelos comerciantes.

Problema de longa data
O clima de insegurança no centro do Rio é antigo. Em abril do ano passado, uma mulher sofreu uma tentativa de assalto no exato momento em que era entrevistada por um repórter da "TV Globo". As imagens do fato geraram grande repercussão. A Polícia Militar informou que a segurança seria reforçada. Mesmo assim, o que se viu posteriormente foi uma sucessão de casos de violência.

No início desse mês, a veiculação de imagens de uma tentativa de assalto a facadas em um ponto de ônibus da avenida Rio Branco deu nova luz ao assunto. Na ocasião, um homem de 52 anos levou quatro facadas de jovens que desejavam roubar o cordão da vítima. A vítima foi atendida e liberada, mas por pouco não teve o pulmão perfurado. Mais uma vez, a PM informou que o patrulhamento seria reforçado, dessa vez com homens da cavalaria. A onda de violência, porém, continua.
Título, Imagem e Texto: Hanrrikson de Andrade, UOL, no Rio, 28-5-2015

“Onda”?! Na própria matéria lemos o subtítulo “Problema de longa data”… O Rio de Janeiro sempre foi assim, isto é, desde que o conheci, março de 1972.

Lembro-me bem do que (tenho que utilizar a primeira pessoa do singular) comentei há mais de quarenta anos, na rua 45, em Nova Iorque, indo ou vindo da Cabana Carioca: “no Rio não tem ladrões, tem assassinos que roubam.” Me referia aos assaltos (e mortes) com revólveres, pistolas… 

Agora, ao que parece, (me perdoem a ironia) é com facas. Portanto, temos uma “onda” de violência no Rio de Janeiro…

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