terça-feira, 4 de abril de 2017

[Atualidade em xeque] Mega & Maga

José Manuel

MEGA (M) é um prefixo do sistema internacional de unidades que indica que a unidade padrão foi multiplicada por um milhão.

Metaforicamente é assim que a representante feminina do casal insensato e problemático do século XXI, se sente ao anunciar com pompa e circunstância que o Brexit terá início agora e terminará em dois anos.

Não é bem isso que os seus compatriotas acham, indo para as ruas em massa contra o Brexit, em 25 de março, um dia ensolarado na capital britânica com cerca de cem mil pessoas nas ruas fazendo uma passeata monstro vindos de vários pontos da cidade e se concentrando em frente ao palácio de Westminster, sede do parlamento para dizer "não " à saída do bloco europeu.

Não é também exatamente a posição de ex-ministros importantes como John Major, Tony Blair e David Cameron.

Theresa May parece estar equivocada e deslocada no tempo, mais ou menos como se estivesse ainda no tempo do British Empire, em que o Reino Unido vivia seu auge graças ao espólio de suas colônias.

Quer ser a Margaret Thatcher do século XXI, sem ter o pulso e o carisma que a dama de ferro possuía, apenas tem o chapéu.

Parece desconhecer também que um dos idealizadores de um grande mercado comum europeu, sem fronteiras e sem taxações comerciais, que trouxesse a todo o continente europeu um desenvolvimento futuro, sem guerras e sem nacionalismos, logo após o término da segunda guerra, foi seu predecessor mais famoso, ninguém mais do que Winston Churchill. Será que ela não sabe disso?

Winston Churchill, antigo oficial do exército, repórter de guerra e Primeiro-Ministro britânico (1940-1945 e 1951-1955), foi um dos primeiros a preconizar a criação dos «Estados Unidos da Europa». Depois da Segunda Guerra Mundial, acreditava que só uma Europa unida poderia assegurar a paz. O seu objetivo era eliminar definitivamente as «doenças» europeias do nacionalismo e do belicismo.
Fonte: Wikipédia

Até eu que não sou britânico sei, e também consigo visualizar, que esse equívoco vai custar caro aos britânicos. Assim que a Escócia se tornar independente e entrar na zona do Euro, quem sabe a dama de vidro mude de posição, mas aí será tarde porque os europeus do bloco não os aceitarão de volta.

E isso ao que tudo indica, não vai demorar pois a advogada e primeira ministra atual da Escócia, Nicola Ferguson Sturgeonnão quer saber de balelas e excentricidades do amigo maga americano, da mega Inglesa, muito menos de perder o seu lugar futuro no bloco econômico, o que, aliás, está certíssima e demonstra extrema inteligência como administradora.

Ela sabe muito bem o quanto a Irlanda, Portugal e Grécia cresceram após a adesão ao bloco.

Na quarta-feira, 29 de março, a primeira-ministra mega, parceira do maga americano disse:

"Vamos assumir o controle das coisas que nos importam mais e aproveitaremos esta oportunidade para construir um Reino Unido mais forte, mais justo, um país onde nossos filhos e netos sintam orgulho de chamar casa. Esta é a nossa ambição e nossa oportunidade"

Balela, papo furado, joga Churchill na cesta do lixo histórico e nunca deveriam ter sido aceitos no bloco europeu, desde quando não aceitaram assumir o Euro como moeda corrente no país.

Trouxas foram os que os aceitaram com restrições e impedimentos. Era a prova de que estavam entrando para ver qual a vantagem que poderiam auferir e usaram os europeus para a construção do Eurotúnel, com vantagem explícita.

Queriam agora um acordo ao longo dos dois anos, mas desta vez, na sexta-feira, 31 de março, presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi mais esperto e declarou em Malta, que acordo só apenas depois do divórcio.
Isso significa mais ou menos.  "Quiseram sair, agora virem-se".

Apesar de Churchill e sua visão futurista, na realidade, nunca quiseram construir um futuro juntos, nem tampouco colaborar para um relacionamento melhor da área europeia. Eles são eles, e o resto é a Europa. Há séculos que agem assim com o resto do mundo, e só olham para o seu umbigo ou para o seu nariz em pé. A monarquia que o diga.

MAGA (Make America Great Again), foi o slogan de campanha do lado cara da moeda, do maga parceiro de equívocos em cascata, que vai levar o país dos americanos à bancarrota, se não o tirarem de lá em menos de dois anos.

Não acertou uma até agora, e tendo todo o congresso na mão já é considerado em dois meses o pior presidente americano com um índice de reprovação em mais de 60 %.

A última dele, em 28 de março, foi mais uma postagem fotográfica maga e alegórica de um decreto em que determina que as fontes poluentes como carvão, xisto e petróleo serão novamente a redenção dos empregos americanos e que o aquecimento global é uma mentira criada pelos chineses.

Vai ser mais uma derrota para a sua coleção de erros, até porque a extração dessas fontes continua existindo, e não depende mais do trabalho humano pois é totalmente automatizada. 

Só espero que tenham lhe dado a senha errada e que o botão vermelho esteja longe de suas little hands.

Não foi à toa que Theresa May foi a primeira autoridade a ser chamada à Casa Branca com apertos de mão efusivos, pois ambos se merecem. 
Título e Texto: José Manuel - Cada século, tem a dupla que merece. É exatamente isso que diriam Stan Laurel e o Oliver Hardy. 4-4-2017

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