quinta-feira, 1 de julho de 2010

José Serra nada comenta sobre os aposentados do Brasil

A omissão do candidato José Serra em falar abertamente se os aposentados estão ou não nos seus planos de governo, o está afastando da preferência popular. Nas primeiras pesquisas de intenção de votos, Serra reinava absoluto, dando a nítida impressão que seria até muito fácil a sua vitória.
No entanto, acreditamos, que pela sua indefinição quanto a dar uma solução para o polêmico problema dos aposentados, atualmente de maior evidência na mídia, resultou na sua brusca queda e na ascensão da candidata Dilma Rousseff, que tem sabido tirar proveito da sanção de Lula para o reajuste de 7,72% para aposentados. Na última pesquisa realizada, Dilma ultrapassou pela primeira vez o candidato Serra, atingindo 40% das intenções de votos, contra 35% do candidato tucano.
Sentimos que José Serra não se apercebeu ainda que entregará de mão beijada o comando do governo federal a rival petista, se não mudar urgentemente a sua atual campanha, boa por sinal, mas que corresponde à construção de uma casa sem o necessário telhado. Falta algo importante que neste exemplo é a solução para as justas reclamações dos infelizes segurados, eternos prejudicados. Os atuais aposentados e futuros, cada vez mais ficam decepcionados e revoltados pela pusilanimidade demonstrada.
Serra não precisa mudar toda a campanha que está usando. Ela está boa; só precisa acrescentar este temível tema dos aposentados, que consideramos de fundamental importância, inclusive que já conquistou a simpatia da sociedade, sendo talvez o maior trunfo para recuperar a preferência dos eleitores. Maior sensibilidade é o que pedem os previdenciários.
José Serra está em cima do muro, se esquivando em posicionar-se sobre a questão dos aposentados. Quando é forçado a se pronunciar, fica seriamente comprometido, como aconteceu naquela infeliz resposta a um entrevistador de que apoiaria Lula no que ele se decidisse a fazer, com relação ao fim do fator previdenciário e ao reajuste de 7,72% para os aposentados.
Enfim, a solução para o indigesto problema dos atuais e futuros aposentados, chegou a um ponto tal, que requer uma definição corajosa e imediata: ou reconsiderem-se os direitos dos aposentados conforme preceitua a Constituição/88, ou mantenham-se determinadamente a atual política que lesa uma terça parte dos aposentados do RGPS. Neste caso, é público e notório que será acirrada a revolta e insatisfação deste segmento de cidadãos que o governo terá que contornar. E já se viu, pela disposição dos aposentados que resolveram não mais ficar calados, que não será fácil!! E para quem precisa se aposentar, muitas vezes para tratar melhor a saúde, continuará recebendo como recompensa pelos 35 anos trabalhados e muito bem contribuídos, um corte que pode chegar até a 40% nos proventos que deveria receber.
Portanto, torna-se necessário que o futuro presidente revele para o povo brasileiro, qual será o seu procedimento com estes cidadãos, quando assumir a presidência da república.
Definição já, é a exigência dos trabalhadores brasileiros...
 
Almir Papalardo
almirpapalardo@yahoo.com.br

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