Miguel Angel Sabadell
Em 1692, o diabo fez escala numa povoação do Massachusetts chamada Salem. Tratava-se de uma comunidade puritana que se regia por uma rígida e fanática religiosidade, com cada habitante a vigiar o comportamento alheio. Era nesse contexto que um grupo de raparigas se reunia para escutar as histórias fantásticas narradas por Tituba, uma escrava do reverendo Samuel Parris.
As mais novas do grupo, Elizabeth, de nove anos e filha do clérigo, e Abigail Williams, de onze, começaram a sofrer convulsões e a desafiar e desobedecer a pais e familiares. Os seus ataques histéricos inspiraram as outras jovens. Estavam a ser, supostamente, perseguidas por espectros, e transformaram em bodes expiatórios as pessoas que mais antipatias despertavam na comunidade. Depois, estenderam as acusações aos restantes cidadãos: ninguém estava a salvo.
Os juízes do processo acreditavam que tudo se devia à acção do demónio e usaram as jovens como autênticos “detectores de bruxaria”: qualquer pessoa que indicassem era acusada, mesmo na ausência de quaisquer provas. Foram detidos 31 indivíduos (dos quais 25 eram mulheres), condenados à morte para evitar a “ira de Deus”. A escrava Tituba foi encarcerada por tempo indeterminado, sem julgamento.
Catorze anos depois, uma das jovens, Ann Putnam, confessou que tudo não passara de uma farsa, orquestrada, como não podia deixar de ser, pelo demónio.
Miguel Angel Sabadell, Revista SuperInteressante, nº 154, fevereiro de 2011
A página oficial de Salem:
A Caça ás Bruxas foi sem dúvida a mais fervorosa demonstração de fé que o Povo de Deus poderia dar ao mundo incrédulo, mostrando a sua superioridade moral. A moda virou febre até na América do Norte, quando o processo das Bruxas de Salem levou á morte de dezenas num só povoado. Era Deus e o Diabo na terra dos quakers.
ResponderExcluirUm dos homens, Giles Corey, morreu de acordo com o bárbaro costume medieval de ser comprimido por rochas em uma tábua sobre seu corpo, levando 3 dias para morrer.
14 anos depois, uma das jovens acusadoras, Ann Putnam, confessou que tudo não passara de uma farsa. Óbvio: TODA a Caça ás Bruxas foi uma farsa religiosa de séculos.
Sem contar as fogueiras que ASSARAM VIVAS cerca de 1 MILHÃO de pessoas em público, a imensa maioria de mulheres, mas com a cota de judeus e pagãos. Adolescentes menores de idade também iam para a fogueira, mostrando que a piedade e o amor de Deus não poupavam ninguém.
ResponderExcluirComo Joana d'Arc, que mais tarde se tornou o único caso em que a Igreja do Papa Infalível acaba reconhecendo que torturou e matou uma santa. Com a indignação do povo francês, foi necessário santificar a própria vítima.
Se o Cristianismo fosse uma influência de progresso garantido, TODOS os países cristãos seriam Primeiro Mundo; a Idade Média na Europa seria a mais próspera de todas as épocas, e o homem já estaria caminhando na Lua no tempo da Inquisição.
ResponderExcluirO sucesso americano é fruto da LIBERDADE de que desfrutam os povos bem-sucedidos, qualquer que seja a religião deles: japoneses, sul-coreanos, singapurenses, taiwaneses, são todos povos de Primeiro Mundo e não são cristãos.
Mas mesmo o cristianismo americano gerou monstruosidades que foram o exato oposto dos ideais americanos de liberdade e justiça, e que envergonham o povo americano:
o horror totalitário da Caça ás Bruxas de Salem, a Escravidão dos Negros e o Genocídio dos Índios, com o extermínio em massa de milhões de nativos pela fome, guerras e miséria subsidiada pelo Estado em reservas.
Todos esses Crimes Contra a Humanidade foram cometidos em nome de Deus, e foram precursores dos crimes cometidos pelos regimes anti-americanos como o Nazismo, Comunismo e Islamismo.