quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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Paim sinaliza apoio a mínimo de R$ 545 após reunião com Dilma
Flávia Foreque e Gabriela Guerreiro, de Brasília, Folha de São Paulo, 23-02-2011
O Palácio do Planalto atendeu nesta quarta-feira (23) reivindicações do senador Paulo Paim (PT-RS) para que o petista vote a favor do salário mínimo de R$ 545 no Senado.
Apesar de ainda manter o seu voto sob sigilo, Paim afirmou ter recebido o apoio da presidente Dilma Rousseff para discutir bandeiras tradicionalmente defendidas por ele  - colocadas como condicionantes para a definição do seu voto a favor dos R$ 545.

Em reunião no Planalto esta manhã, que também contou com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Dilma prometeu abrir a discussão sobre o fator previdenciário e uma política de reajuste para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O encontro não estava previsto na agenda da presidente.
Na semana passada, Paim disse que as duas reivindicações eram mais importantes que o valor de R$ 545-numa sinalização de que apoiaria a proposta do governo.
Paim ouviu da presidente o pedido para que vote no valor proposto pelo governo. Ao considerar o voto do senador "importante e simbólico", Dilma defendeu unidade de seu partido no Senado.

UNIÃO
Depois que o PMDB deu 100% de apoio na Câmara ao piso de R$ 545, a presidente quer evitar que o PT tenha dissidências durante a votação no Senado. Paim era o único petista que ameaçava apoiar o valor de R$ 560 proposto pelas centrais sindicais.

Ele prometeu fazer pronunciamento no plenário do Senado, no início desta tarde, para anunciar o seu voto. Mas disse não esperar retaliações dos sindicalistas se recuar dos R$ 560.
"Eu só espero como sempre foi, num alto nível. O meu voto é um voto que eles têm plena confiança e respeitarão", afirmou.

Na semana passada, o deputado Vicentinho (PT-SP), relator do projeto do Executivo do salário mínimo, recebeu vaias na Câmara depois de votar pelos R$ 545.
Os sindicalistas, porém, liberaram ontem Paim para votar de "acordo com a sua consciência" -mesmo que ele se decida pelo valor do Executivo.

Presidente Dilma Rousseff recebe no Palácio do Planalto o senador do Rio Grande do Sul Paulo Paim.
 Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Às 14h43, das mesmas jornalistas, a Folha de São Paulo publicou:
Paim antecipa voto e confirma apoio ao mínimo de R$ 545
Em discurso na tribuna do plenário nesta quarta-feira (23), o senador Paulo Paim (PT-RS) antecipou seu voto e confirmou que vai apoiar a proposta do Executivo de um salário mínimo de R$ 545.
O petista chegou a anunciar que apresentaria emenda para elevar o valor para R$ 560, mas recuou depois de reunir-se esta manhã com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

"Votarei pelo projeto que veio da Câmara dos Deputados. [Se votasse contra], eu marcaria uma posição, talvez receberia uma palma ou outra, mas o trabalhador perderia muito, e os aposentados também", afirmou.
Paim disse que mudou de ideia depois que Dilma comprometeu-se a atender duas de suas reivindicações: discutir o fator previdenciário no âmbito do governo e uma política de reajuste para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.
"Eu fui convencido pelos meus próprios argumentos, que tiveram respaldo junto à presidente."

O Palácio do Planalto entrou em campo para evitar dissidências na bancada petista depois que o PMDB garantiu 100% de apoio à proposta do Executivo de R$ 545 na Câmara.
Os governistas querem evitar que o partido da presidente fique marcado por dissidências na primeira votação importante de Dilma no Senado desde que assumiu a Presidência.
O petista reforçou que, independente de seu voto, o governo sairá vitorioso na votação desta tarde pelos R$ 545.

O governo tem ampla maioria no Senado para aprovar a proposta. Aliados de Dilma estimam que o governo pode ter até 57 votos favoráveis ao projeto do Executivo. São necessários 41 votos para aprová-lo.
"Todos nós sabemos qual vai ser o resultado da votação dessa tarde, como sabíamos na Câmara dos Deputados", disse.

Paim elogiou a política salarial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que seu apoio à proposta original do governo não teve contrapartidas do Palácio do Planalto - embora tenha admitido recuar dos R$ 560 depois de ser chamado por Dilma para a reunião.

O petista foi aplaudido por sindicalistas que vão acompanhar a votação do mínimo nas galerias do Senado.
As centrais sindicais defendem os R$ 560, mas liberaram Paim para votar com o governo por considerar que o petista tem como histórico a defesa dos aposentados e trabalhadores.
A Casa limitou a entrada de cem filiados às centrais sindicais para evitar tumultos - já que o regimento do Senado não permite manifestações ou gritos durante as sessões plenárias.
Flávia Foreque e Gabriela Guerreiro, de Brasília, Folha de São Paulo, 23-02-2011
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