
Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda
O anúncio da apresentação de uma moção de censura ao Governo a 10 de março foi feito pelo líder do BE, Francisco Louçã, na quinta-feira durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro. Fonte do BE adiantou depois à Lusa que a intenção do partido é discutir e votar a moção no próprio dia 10, ou seja, apenas 24 horas depois de Cavaco Silva ter tomado posse para um segundo mandato como Presidente da República
Na disputa de quem é o mais à esquerda em Portugal, Francisco Louçã antecipou-se a Jerónimo de Sousa e marcou já para 10 de Março o debate de nova moção de censura ao Governo. Onde um dizia ponderar essa iniciativa, o outro tomava a decisão de avançar. A data escolhida é intencional: é a véspera da reunião convocada para os 17 chefes de Governo do Eurogrupo, com o fortalecimento da governação económica à escala europeia como contrapartida ao fortalecimento do mecanismo europeu de estabilização financeira do euro, na agenda de trabalhos.Bloco e PCP têm argumentado, repetindo-se, contra tudo aquilo que se procura construir a nível europeu. Para ambos, a política de ajustamento orçamental afigura-se inaceitável. Não é, pois, necessário conhecer, palavra por palavra, a fundamentação política dessa moção de censura, para concluir que ela não pode senão apresentar uma alternativa radicalmente contrária àquilo que PSD e CDS/PP têm vindo a dizer que deveria estar na base de uma viragem política. Nem as consequências que representa para o País apresentar-se em Bruxelas, a 11 de Março, com um Governo demissionário.A questão politicamente relevante é, assim, de saber se a fundamentação de uma iniciativa política da gravidade de uma moção, como a de derrubar o Governo em exercício, deve ou não ser considerada a primeira pedra da alternativa política, que se pretende construir num momento posterior, ouvida a vontade do eleitorado. O CDS/PP tem mostrado aceitar seja o que for. Já para Passos Coelho e para a direcção do PSD este é mais um grande teste de definição estratégica: vai prevalecer o tacticismo, que as bases impacientes reclamam, ou vence a visão a médio prazo de deixar esgotar as medidas económicas e orçamentais já aprovadas e em curso, para depois, em função dos seus resultados, optar ou não por eleições antecipadas em 2012?Editorial, Diário de Notícias, 11-02-2011
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Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda |
O anúncio da apresentação de uma moção de censura ao Governo a 10 de março foi feito pelo líder do BE, Francisco Louçã, na quinta-feira durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro.
Fonte do BE adiantou depois à Lusa que a intenção do partido é discutir e votar a moção no próprio dia 10, ou seja, apenas 24 horas depois de Cavaco Silva ter tomado posse para um segundo mandato como Presidente da República
Na disputa de quem é o mais à esquerda em Portugal, Francisco Louçã antecipou-se a Jerónimo de Sousa e marcou já para 10 de Março o debate de nova moção de censura ao Governo. Onde um dizia ponderar essa iniciativa, o outro tomava a decisão de avançar. A data escolhida é intencional: é a véspera da reunião convocada para os 17 chefes de Governo do Eurogrupo, com o fortalecimento da governação económica à escala europeia como contrapartida ao fortalecimento do mecanismo europeu de estabilização financeira do euro, na agenda de trabalhos.
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