Este é o inverno que conhecia

Estive baseado em Lisboa, de dezembro de 1979 a setembro de 1981. Morei na Parede, fica entre Lisboa e Estoril. Passei dois invernos, o de 1979 e 1980. Ia trabalhar de uniforme, isto é, entrava no carro - que ficava a 80 cm da porta lateral de entrada - somente com o paletó, nada de sobretudos, pulôvers... Muitos dias de sol... Em abril de 1980 ou 81, não me lembro exatamente, me deram férias. Passei-as na praia da Parede e em passeios com a família. Aliás, fui muito à praia, era rato.

Voltei para o Rio de Janeiro, com uma imagem ótima do inverno lisboeta, sedimentada nos pernoites posteriores em Lisboa. Muitas vezes fazia um vôo para Copenhagen, por exemplo, e estava gelado. O vôo seguinte era para Lisboa, que diferença!

Pois bem, ano passado, cheguei nos últimos dias de fevereiro, e fiquei um pouco decepcionado com o inverno: choveu muito. E ventava bastante aqui na minha freguesia. Comentava, desapontado, "esse não é o inverno lisboeta que conheço!". Bom, efetivamente, o último inverno (2010) foi muito chuvoso, atípico, pois não chovia assim há mais de 100 anos... Quanto ao vento, disseram-me que, lamentavelmente, aqui venta mais que em Lisboa, um vento bem frio. Vai ver que é porque Massamá fica meio que numa serra.

Mas, eis que chega o inverno de 2011. E eu preparado para o... embate. Já estamos no meio do inverno, no auge, portanto, e o inverno de 2011 tem sido o inverno que eu conhecia. Nos últimos três ou quatro dias, sol pleno e irrestrito, chegando aos 20º aqui embaixo na esquina...

Confira nas fotos abaixo:

Massamá, 05 de fevereiro de 2011. Foto: JP

Massamá, 06 de fevereiro de 2011. Foto: JP

Massamá, 06 de fevereiro de 2011. Foto: JP

Massamá, 06 de fevereiro de 2011. Foto: JP

E então?