Boa parte do PT já dá como
certo que Lula será o candidato do partido em 2014. Se isso acontecer, Campos
está fora da disputa
Reinaldo Azevedo
Ouçam as vaias no Mané Garrincha dirigidas contra Dilma.
Ouçam os protestos contra a gastança com a Copa do Mundo.
Ouçam o silêncio ruidoso do Apedeuta.
Ouçam os protestos contra a gastança com a Copa do Mundo.
Ouçam o silêncio ruidoso do Apedeuta.
Anotem aí: é crescente o número de petistas — e de não petistas também —
convictos de que será Lula o candidato do PT à Presidência da República em
2014. Na cúpula do partido, há quem considere que “o governo de Dilma acabou”.
Há ocorrências curiosas em curso — ou nem tanto. Mesmo depois de ter ficado
claro que os protestos estão caindo no colo da presidente — e só por isso ela
teve de vir a público —, aparelhos sindicais solidamente dominados pelo partido
estão estimulando a ida das pessoas às ruas. Desencanto com o petismo? Não!

No pronunciamento desta sexta (ver abaixo), a presidente tentou
negar o óbvio: há, sim, dinheiro público nos eventos esportivos. Estádios que
são verdadeiros elefantes brancos, que permanecerão ociosos depois do grande
acontecimento, foram erguidos para despertar o ufanismo, o clima de “Brasil pra
frente”, de “ninguém segura este país”. Há uma ameaça real de que acabe
acontecendo o contrário.
Se o Brasil chega à final da Copa das Confederações, Dilma terá de
aparecer no Maracanã. Seu nome será fatalmente anunciado pelo serviço de
alto-falantes. Segundo o protocolo, vai discursar. Pelo menos 300 mil pessoas
foram às ruas na capital fluminense. Há gente séria falando em mais de 500 mil.
O Rio, mais do que São Paulo, resolveu mostrar a sua insatisfação. Uma vaia
monumental espreita a presidente. A esta altura, há gente torcendo para que a
Seleção Brasileira fique pelo caminho. Seria mais um duro golpe depois da
confusão dos últimos dias.
A eventual transformação da Copa das Confederações e da Copa do Mundo num
peso seria um desastre para Dilma. E isso está no horizonte. Os subordinados de
Gilberto Carvalho, um lulista fanático, resolveram se meter justamente nessa
área. Certamente não é para fortalecer a presidente como candidata do partido
em 2014.
Biruta torta
Sei não… Ou a biruta da marquetagem entortou ou está havendo um trabalho deliberado para empurrar Dilma para o abismo, abrindo espaço para o “salvador”. Convenham: não é inteligente, em meio a toda essa confusão, abordar o financiamento das obras da Copa ou a forma correta de os brasileiros tratarem os estrangeiros. Ao fazê-lo, num clima de hostilidade que pode ser ainda crescente, a coisa pode ficar com cheiro de provocação. Esse pareceu-me um dos erros elementares cometidos pelos “çábios” ontem.
Há outro. Como vimos, os que criticam os estádios monumentais da Copa
pedem uma educação e uma saúde melhores. Para a primeira, Dilma promete 100%
dos royalties do petróleo; para a segunda, “trazer de imediato (sic) milhares
de médicos estrangeiros…” De imediato? Milhares? Sei não… Há o risco de Dilma
ter contratado já um desfile de homens e mulheres de branco na Paulista. Está
abrindo uma guerra com a categoria. E não em razão de uma reação
corporativista, não. Até onde sei, não faltam médicos no país. Eles estão é mal
distribuídos porque o estado não oferece as condições mínimas necessárias para
que se fixem no interior do país. Também nesse caso, parece ter faltado
sensibilidade. Vem confusão por aí.
O país não vive o seu melhor momento, mas não houve um agravamento de crise que justificasse, por si, as manifestações de rua, que degeneraram em violência como regra, não como exceção (escreverei mais a respeito). A perplexidade toma conta do governo, do partido e, sejamos claros, até da oposição. A minha explicação não coincide com nada que tenha lido. Fica para outro post. O mal-estar, no entanto, se instalou, e Dilma não parece muito equipada politicamente para enfrentá-lo.
O PT e o governo farão uma inflexão à esquerda. Vai adiantar? Não sei. Os
mais céticos são os próprios petistas. Acham que Dilma não aguentará os embates
e que é preciso devolver a bola a Lula. Até porque, nessa hipótese, Eduardo
Campos, governador de Pernambuco (PSB) se retira da disputa. É gigantesco o
risco de que as ruas tragam, sem querer, o Apedeuta de volta à cena.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 22-06-2013
Analiso o discurso de Dilma
– Conforme previ, presidente usa protestos para anunciar inflexão à esquerda de
seu governo; se tudo der certo para ela e para o PT e errado para o país,
teremos um governo tutelado por “conselhos populares”, formados por gente
eleita por ninguém
Tudo indica que haverá um
esforço do PT e do governo Dilma para que se efetive justamente o que eu temia:
uma democracia tutelada por “movimentos populares”, de que o Poder Executivo
federal passa a ser um “organizador”, com uma inflexão do PT mais à esquerda.
Pior: os petistas tentarão usar esses supostos “representantes do povo” para
pressionar o Congresso e o Judiciário. Vão se esforçar para usar esses falsos
representantes do povo para, por exemplo, aprovar uma reforma política que só
interessa ao PT. Mais: Dilma tentará fazer de conta que o problema é dos
outros, não dela. Pode dar tudo errado? Até pode. Mas o plano é péssimo. Os
setores do jornalismo que, por alguma razão estúpida, ou uma soma delas,
flertou com o Bebê de Rosemary podem se arrepender. Algumas considerações
prévias antes de entrar no mérito.

Tenho sido um duro crítico de
muitos, de quase todos, os aspectos do movimento que tomou as ruas. Vocês
conhecem também a minha visão a respeito. Numa síntese rápida, resta evidente
que os grupos de extrema-esquerda, a começar do Movimento Passe Livre, em
parceria com o petismo e com amplos setores da imprensa — não se trata de
conspiração, mas de identidade de valores —, tentaram criar o caos em São
Paulo. O tiro saiu pela culatra, e o balaço caiu no colo de Dilma Rousseff. Por
isso ela teve de se manifestar. Fizemos nesta sexta um debate na VEJA.com.
Estávamos lá Augusto Nunes, Marco Antonio Villa, Ricardo Setti e eu. Daqui a
pouco, o vídeo estará no ar. Resta evidente que sou, dentre os quatro, o mais
pessimista. Embora eu reconheça que, em São Paulo e em boa parte do país, a
esquerda porra-louca — justamente aquela amada por setores do jornalismo —
tenha perdido o monopólio da manifestação, não acho que o saldo seja positivo
para o país. Num texto que escrevi na manhã de ontem, afirmei
aquele que seria um dos efeitos negativos desses eventos. Reproduzo trecho:
“O lulo-petismo é a
única força de massa — ou, se quiserem, no jargão característico, “movimento de
massa” — verdadeiramente organizada no país. Por “organização”, entenda-se uma
vinculação orgânica com aparelhos sindicais, no campo e nas cidades, capazes de
mobilizar recursos e pessoas para atuar em várias frentes. O método do
Movimento Passe Livre, ora premiado com a decisão da redução das tarifas — e
não restava às autoridades alternativa, a não ser a demonização diária nas TVs
—, força uma reciclagem do petismo pela esquerda; convida o partido a uma
espécie de volta às origens; introduz um suposto viés de frescor que vem das
ruas (que, na verdade, é bolor), do qual o partido andava um tanto distante,
agora que se tornou também uma gigantesca burocracia de ocupação do estado.
Aos petistas, não custa muita
coisa mudar a chave, não!, da atual posição, vamos dizer assim, mais à direita
(em relação a seus marcos anteriores), próxima da social-democracia, para outra
mais próxima de seu passado.”
Antes de comentar o discurso de
Dilma, cuja íntegra segue abaixo, reproduzo mais um trecho do meu texto de
ontem:
“Entendam, minhas caras, meus
caros: eu sei que gente que não tolera mais a corrupção, a impunidade, a
bandalheira e a incompetência engrossou as passeatas do Movimento Passe Livre.
E o fez por bons motivos. Há entre os manifestantes até mesmo aqueles que foram
protestar em frente ao prédio de Lula. Nada disso, no entanto, muda o caráter
do que se viu nas ruas ou anula o fato de que o método premiado é danoso para o
regime democrático. O que queremos? Uma democracia tutelada por supostos
“conselhos populares”?
Muito bem. Agora vamos à fala
da presidente. Eu a reproduzo em vermelho e comento em azul. Dou destaque a
alguns trechos.
Minhas amigas e meus amigos,
Todos nós, brasileiras e
brasileiros, estamos acompanhando, com muita atenção, as manifestações que
ocorrem no país. Elas mostram a força de nossa democracia e o desejo da
juventude de fazer o Brasil avançar.
Se aproveitarmos bem o impulso
desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa
que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e
econômicas. Mas, se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos
não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também
correndo o risco de colocar muita coisa a perder.
Como presidenta, eu tenho a
obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos,
mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a
democracia.
O Brasil lutou muito para se
tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país
mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar
onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos
a democracia – o poder cidadão e os poderes da República.
Os manifestantes têm o direito
e a liberdade de questionar e criticar tudo, de propor e exigir mudanças, de
lutar por mais qualidade de vida, de defender com paixão suas ideias e propostas,
mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.
O governo e a sociedade não
podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio
público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente
levar o caos aos nossos principais centros urbanos. Essa violência, promovida
por uma pequena minoria, não pode manchar um movimento pacífico e democrático.
Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Todas as
instituições e os órgãos da Segurança Pública têm o dever de coibir, dentro dos
limites da lei, toda forma de violência e vandalismo.
Com equilíbrio e serenidade,
porém, com firmeza, vamos continuar garantindo o direito e a liberdade de
todos. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem.
Essa é a primeira parte do
discurso. Dilma condenou o vandalismo e a arruaça. É claro que fez bem, mas não
há como elogiar por isso, uma vez que o contrário seria impossível. Imaginem
uma presidente da República que dissesse: “É isso aí, moçada! O negócio é ir
para o pau!”. Impossível, certo?
Mas já há um traço
preocupante. Segundo Dilma, essa “nova energia” pode superar limitações
políticas e econômicas. As políticas, vá lá, podem até ser superadas, uma vez
que costumam derivar de acordos, entendimentos. Se isso não significar
atropelar as instituições, tudo certo. Mas pode significar isso também, como se
verá adiante. Já as econômicas… Eu não gosto de gente que se refere a fatos
sociais falando em “energia”. Para mim, “energia” é coisa de eletricista,
engenheiro elétrico, física… Na sociedade, querer lidar com “energias” quase
sempre significa ceder a movimentos de pressão que fazem da própria gritaria
fonte de sua legitimidade. Vamos à segunda parte.
Brasileiras e brasileiros,
As manifestações dessa semana
trouxeram importantes lições: as tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes
ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor destas manifestações
para produzir mais mudanças, mudanças que beneficiem o conjunto da população
brasileira.
A minha geração lutou muito
para que a voz das ruas fosse ouvida. Muitos foram perseguidos, torturados e
morreram por isso. A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada, e ela não
pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.
Sou a presidenta de todos os
brasileiros, dos que se manifestam e dos que não se manifestam. A mensagem
direta das ruas é pacífica e democrática.
Ela reivindica um combate
sistemático à corrupção e ao desvio de recursos públicos. Todos me conhecem.
Disso eu não abro mão.
Esta mensagem exige serviços
públicos de mais qualidade. Ela quer escolas de qualidade; ela quer atendimento
de saúde de qualidade; ela quer um transporte público melhor e a preço justo;
ela quer mais segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos
devem mudar.
Dou uma parada aqui. Como se
nota, ela trata do assunto como se fosse um problema dos outros, não dela; como
se isso dissesse respeito aos demais entes da federação, não o governo federal.
As críticas à corrupção, ficou evidente, eram especialmente dirigidas à área
federal, sim, senhores! Agora vem o primeiro pulo do gato — ou da gata. Prestem
atenção.
Irei conversar, nos próximos
dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os
governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto
em torno da melhoria dos serviços públicos.
Dilma se coloca, assim, como a
líder de um movimento que vai convocar os outros Poderes. Apresenta-se como
senhora e dona de uma agenda. Reivindicações que foram dirigidas especialmente
ao Executivo serão divididas com os demais. Huuummm. Vamos seguir.
O foco será: primeiro, a
elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte
coletivo. Segundo, a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para
a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para
ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Vamos ver que diabo será o tal
plano. Imaginar que o governo federal possa planejar a mobilidade nas cidades é
conversa mole para boi dormir. O máximo que pode fazer é conceder ou linhas de
empréstimo ou incentivos fiscais para que elas operem reformas importantes na
área. Não está claro o que quer dizer. Uma coisa é certa: vão querer meter a
mão grande em São Paulo, território que a presidente já percebeu andar um tanto
hostil ao PT. Aí vêm os 100% dos recursos do petróleo para a educação e a
polêmica importação de “milhares de médicos do exterior”. Até aqui, estamos na
fase dos malabarismos e da alegoria de mão. São medidas de tal sorte descoladas
entre si que o conjunto parece ser um arranjo de última hora. É agora que a
coisa engrossa.
Anuncio que vou receber os
líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de
jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das
associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e
experiências, de sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua
capacidade de questionar erros do passado e do presente.
Vamos ver. Esse negócio é só
episódico, ou Dilma vai mesmo querer governar com os “conselhos populares”? É
só brincadeirinha, ou Mayara Vivian, a tal do Movimento Passe Livre, valerá
tanto quanto uma penca de deputados ou senadores? É só para ver se dá uma
esfriada nos ânimos, ou vamos nos aproximar um pouquinho mais do
bolivarianismo? O governo já faz a interlocução com essa turma, por intermédio
de Gilberto Carvalho. Como vai funcionar? De agora em diante, ou o Congresso
faz o que querem os movimentos, ou eles param a Paulista, a Getúlio Vargas e o
que mais lhes der na telha? Vai piorar.
Brasileiras e brasileiros,
Precisamos oxigenar o nosso
sistema político. Encontrar mecanismos que tornem nossas instituições mais
transparentes, mais resistentes aos malfeitos e, acima de tudo, mais permeáveis
à influência da sociedade. É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve
ser ouvido em primeiro lugar.
Em princípio parece bom. Se
for para para submeter o Parlamento e a Justiça a comissariados do povo, aí é
ruim. E é o que se vai tentar.
Quero contribuir para a
construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação
popular. É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e,
sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático. Temos de
fazer um esforço para que o cidadão tenha mecanismos de controle mais
abrangentes sobre os seus representantes.
A reforma política que quer o
PT é uma estrovenga autoritária, destinada a eternizar os petistas no poder. O
partido quer, por exemplo, o financiamento público de campanha, que corresponde
a mais um assalto ao bolso do contribuinte. Já expliquei aqui por quê. Imaginem
o Passe Livre e seus amiguinhos a parar a Paulista em nome do… financiamento
público. Ah, sim: se preciso, os valentes podem ser mobilizados em defesa do
“controle da mídia”.
Precisamos muito, mas muito
mesmo, de formas mais eficazes de combate à corrupção. A Lei de Acesso à
Informação, sancionada no meu governo, deve ser ampliada para todos os poderes
da República e instâncias federativas. Ela é um poderoso instrumento do cidadão
para fiscalizar o uso correto do dinheiro público. Aliás, a melhor forma de
combater a corrupção é com transparência e rigor
Certo! Os petistas poderiam
explicar por que se tornaram patrocinadores da PEC 37, que retira poder de
investigação do Ministério Público.
Em relação à Copa, quero
esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto de
financiamento que será devidamente pago pelas empresas e os governos que estão
explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do
orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a
Educação.
Na realidade, nós ampliamos
bastante os gastos com Saúde e Educação, e vamos ampliar cada vez mais. Confio
que o Congresso Nacional aprovará o projeto que apresentei para que todos os
royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a Educação.
Não posso deixar de mencionar
um tema muito importante, que tem a ver com a nossa alma e o nosso jeito de
ser. O Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão
mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos
povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e
alegria, é assim que devemos tratar os nossos hóspedes. O futebol e o esporte
são símbolos de paz e convivência pacífica entre os povos. O Brasil merece e
vai fazer uma grande Copa.
Eu não concordo com o
raciocínio que opõe estádios a hospitais. As coisas não funcionam assim por
razões que não cabem neste texto. Negar, no entanto, que exista uma montanha de
dinheiro público na Copa é absurdo. Não só isso: o governo criou um regime
especial para a execução de obras, fora da Lei de Licitações.
Minhas amigas e meus amigos,
Eu quero repetir que o meu
governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a
vocês que foram pacificamente às ruas: eu estou ouvindo vocês! E não vou
transigir com a violência e a arruaça.
Será sempre em paz, com
liberdade e democracia que vamos continuar construindo juntos este nosso grande
país.
Boa noite!
Faltou dizer como é que o
governo federal pretende combater a violência e a arruaça. Se quiser, tem em
mãos uma porção de mecanismos. Vamos ver. Não sei se as providências que Dilma
diz que vai adotar mudarão o ânimo das manifestações. Depois de alguns dias, é
natural que haja um refluxo — afinal, não vivemos numa tirania árabe. De uma
coisa não tenho dúvida: se Dilma e o PT forem bem-sucedidos, do seu ponto de
vista, nas medidas anunciadas, o Brasil ficará pior. Muito pior. E menos
democrático também.
A trilha sonora deste filme é
a que segue abaixo.
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 22-06-2013
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Esse senhor também faz parte dessa chamada imprensa marrom. Se Lula viesse candidato, para mim mostra o mar de lama que o Brasil iria se transformar. Boa parte do que estamos vendo vem dos 8 anos do seu estilo de governar “meus companheiros e minhas companheiras”. Ela não é. A única culpada.
ResponderExcluirExiste uma ameaça séria de Lula voltar a ser candidato em 2014. Como todos sabem mas não querem considerar, os eleitores petistas cegos e adulares fanáticos de Lula/Dilma, formam um grande percentual de votos garantidos, difícil de ser superado. Difícil, mas perfeitamente possível, se não repetirem o mesmo erro anterior de 2010, quando 36 milhões de eleitores naturalmente contrários àqueles mandatários, por puro radicalismo, preferiram jogá-los na lixeira. Como fizeram falta... Dilma venceu Serra por 12 milhões de votos a mais. Bastaria a metade destes eleitores, ou seja 18 milhões terem destinado seus votos para o Serra (não era o ideal sabemos também mas era a única opção), hoje não estaríamos amargando este governo que tem se mostrado mais nefasto que o governo do PSDB. Será que a volta do PSDB ao poder seria pior do que a permanência do PT? Não sabemos, não pagamos para ver...
ResponderExcluirAlmir Papalardo.