Após 13 anos, deixei a Sábado.
A decisão foi minha, o pretexto não foi. No DN, enxotaram-me airosamente.
Na Sábado, após simpático
preâmbulo sobre os méritos dos meus textos, os novos poderes da revista
fizeram-me uma “proposta” que eu não poderia aceitar – e que sabiam que não
aceitaria.
Não se tratou de dinheiro:
resumindo, tratava-se de me pagar para não ser lido, quer na Cofina, onde me
concederiam um cantinho obscuro “on line”, quer no “Observador”, ao qual teria
de renunciar.
Obviamente, continuo no
“Observador”, um espaço livre, e saio da Sábado, cuja liberdade receio ter
chegado ao fim. A própria Sábado, hoje sujeita a uma curiosa purga de todos ou
quase todos os que a tornavam legível, também não promete muito mais. Portugal
está perigoso.
Texto: Alberto Gonçalves, Facebook,
2-4-2017
No dia 25 de abril de 1974 coloquei o meu conta-kilometros da liberdade/salazar no zero. Pensava eu que a partir dessa data Portugal e as suas gentes iriam finalmente iniciar um percurso de liberdade, desenvolvimento, honestidade e mérito.
ResponderExcluirApós 43 anos constato que esse "conta-kilometros" mostra a seguinte contagem: Liberdade; 57,8 % - Salazar; 42,2 %
Temo que a contagem acentue a tendência.
A esquerda 'adora' a liberdade para dela se apoderar. Depois de apoderada, a Esquerda só devolverá a liberdade, de fato e de direito, à bala!
ResponderExcluirJá cancelei a minha assinatura.
ResponderExcluirAntónio Nogueira
Que triste, só ouvi falar de ti depois de seres corrido do DN e da Sábado, e não fico contente por seres relegado ao pasquim neo-liberal "óservador", pois cada vez mais parece aqueles sites macedónios de notícias falsas. Precisamos de homens assim, que escrevem como tu, na solidão, a escrever para a posteridade, Tu não és do teu tempo, és grande, como o Dantas...
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