Telmo Azevedo Fernandes
Amanhã, quinta-feira, decorrem eleições gerais no Reino Unido e no próximo domingo o mesmo acontece em França.
Em Inglaterra ninguém acredita
que o Partido Trabalhista deixe de vencer as eleições, e por grande margem. O
partido trabalhista é uma espécie de equivalente do Partido Socialista em
Portugal e depois de muitos anos arredados do poder, tudo indica que obterão
uma claríssima maioria eleitoral.
O partido Conservador que tem
governado o país irá perder as eleições por culpa própria. A causa mais
imediata do seu desaire e que muitos querem esquecer ou escamotear foram as
políticas públicas adoptadas a pretexto da covid19 que espatifaram a economia,
criaram e agigantaram profundos problemas sociais, e deixaram as finanças
públicas em pantanas. Infelizmente o quadro político é ainda mais funesto
porque o partido Conservador deixou há muito tempo de ser um verdadeiro partido
de Direita e tem adoptado políticas públicas estatistas e intervencionistas e
narrativas progressistas e de cedência ao politicamente correto. Ou seja, no
fundo é hoje uma agremiação de socialistas. O drama está em que se Rishi Sunak
é cor-de-rosa, o mais que provável próximo primeiro-ministro – Keir Starmer –
tem carregadas tonalidades vermelhas e uma vontade indisfarçável de aumentar e criar
impostos.
Já em França toda a gente fala e comenta a possibilidade e, dizem, o perigo de uma vitória da extrema-direita. Aparentemente todas as pessoas que se auto-atribuem valores de boa formação cívica e moral combatem com todas as suas forças e estão dispostas a tudo para não deixar o partido de Marine Le Pen chegar ao poder.
Mas o problema para a França
não está em Le Pen. O seu partido está hoje integrado no sistema e
institucionalizado. Tem um programa económico fortemente estatista e, caso não
defendesse políticas restritivas em relação à imigração, poderia aliás ser tido
como socialista.
O verdadeiro risco para a
Europa e o dramático para a França seria a nova frente de Esquerda ganhar as
eleições. Trata-se de uma surreal miscelânea de marxistas, antissemitas,
simpatizantes de grupos terroristas como o Hamas, contemporizadores com o
expansionismo de Putin, anticapitalistas delirantes que propõem um programa
económico capaz de levar a França à falência num curto espaço de tempo e gente
que lida muito mal com a liberdade, desejosa de impor à maioria dilacerantes
doutrinas progressistas reivindicadas por minorias alienadas e desumanas.
Depois da viragem à direita
nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, a Europa poderá acabar por se
deparar com governos em Inglaterra e França saudosistas da distopia soviética.
Em tempos conturbados como
estes, lembro que Democracia não é sinónimo de Liberdade.
A minha crónica-vídeo, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
3-7-2024
Le Monument à la République, Place de la République à Paris. Une allégorie sur L’état de la France 🇫🇷 😰😨😞
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