sábado, 1 de dezembro de 2012

Eutanásia ainda é rejeitada pela maioria dos donos de animais

Procedimentos devem ser indolores, diz Conselho de Medicina Veterinária.
Sacrifício abrevia o sofrimento nos casos de problemas sérios de saúde
G1
Os donos de animais de estimação muitas vezes precisam optar entre sacrificar ou não o animal, quando ele está velho ou com problemas de saúde. Uma resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária determina que os procedimentos para a eutanásia sejam indolores. Ainda assim, a maioria das pessoas opta por não sacrificar os bichinhos.
“Antigamente, existia eutanásia inclusive por afogamento, existem alguns livros que relatam isso. Hoje a eutanásia é feita através de anestesia geral, então o animal entra em uma dormência, em um sono, e aí sim se faz o resto dos medicamentos para que o coração pare, ou seja, não existe sofrimento mais na eutanásia”, explicou o médico veterinário Antônio Osio Neto, que já teve que sacrificar o seu cachorro de estimação que estava com câncer nos ossos.
Em alguns casos, o sacrifício dos animais é a opção para abreviar o sofrimento, mas nem todos os donos conseguem tomar essa decisão. Em São Carlos (SP), a enfermeira Juliana Henrique, por exemplo,  tem uma gata persa de 14 anos, que está internada com insuficiência renal e comprometimento de vários órgãos. “Eu opto por não fazer e esperar até o último momento, quando não tiver mais jeito mesmo”, disse.
A pedagoga Patrícia Moreira passou por momentos difíceis quando seus cachorros Bartô, da raça Cocker, e a Poodle Lindinha ficaram doentes. A opção para acabar com a dor dos animais era a eutanásia, mas ela preferiu não fazer. “É uma decisão difícil porque exige muito da gente, então temos que ficar ali o máximo que a gente pode, mas eu e minha família toda não conseguimos fazer isso”, contou a pedagoga.
Segundo o diretor do Departamento de Defesa e Controle Animal de São Carlos (SP), Gilverson Morais, o bem estar do animal deve ser levado em conta no momento de optar pela eutanásia. “É uma decisão do médico veterinário juntamente com o proprietário do animal, que deve ser tomada com o consentimento de ambas as partes. Tem que chegar nesse consenso do que é melhor para o animal”, afirmou Morais.
Fonte: iG

Veterinário e dono do animal devem decidir juntos a melhor opção para o animal. Foto: Reprodução/E
Comentário:
Realmente é uma decisão muito difícil. Meu cachorro teve câncer nas vias respiratórias aos 14 anos, eu o vi definhar na minha frente dia após dia, o vet mandou eu pensar na eutanásia, relutei muito, sofri muito, mas por incrível que pareça, quando vi que realmente não dava mais, ele partiu naturalmente. Porém, hoje vejo o quanto fui egoísta de deixá-lo sofrendo naquela situação deplorável por tanto tempo, vegetando, com catarata em estado avançado nos dois olhos, diabético, com aquele tumor enorme no focinho, sangrando pelo nariz, apodrecendo por dentro, usando fraldas, chegando a comer as próprias fezes, num estado de demência total. Sofri mais durante o período em que ele esteve doente do que quando morreu, foi um alívio, para mim e para ele.
Maria Clara

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