Um quarto, nada mais nada
menos.
Quando as empresas privadas
têm prejuízos fecham as portas, quando as empresas públicas têm prejuízos o
Estado aumenta impostos, sugados aos primeiros e contra os quais concorre, para
cobrir o desvario.
Quando se pagam impostos sem
retorno é isto que acontece. Quando se pagam impostos para cobrir as asneiras
de quem conduziu um país à falência é isto que acontece.
Qualquer imposto é um
desincentivo ao trabalho e ao consumo. Quando o Estado fica com parte dos
lucros de uma empresa está indirectamente a deter uma participação nessa
empresa. Privadas? Pois... Quando o Estado fica com uma parte dos rendimentos
do trabalhador está a confiscar parte do valor do seu trabalho, sendo aquele
que sobra taxado novamente aquando do consumo. Não devem por isso existir impostos?
Claro que devem, mas dentro de valores o mais baixo possível, caso contrário é
isto que acontece.
E isto acontece porque a
Economia e os Mercados são como a água: procuram sempre o caminho mais fácil e
encontram sempre uma saída por muitos diques que lhes coloquem à frente. Se
queremos alterar esta percentagem só há dois caminhos: ou se constrói
definitivamente a barragem e o sacrossanto Estado fica com toda a economia
e nos tornamos na Cuba da Europa ou deixamos definitivamente a água seguir o
seu curso até chegar ao moinho de cada um. "Mistos" é que não podemos
continuar a ser, ou somos carne ou somos peixe. Acredito que abraçaremos a
segunda opção e que estamos a trabalhar para isso, mas quatro décadas de
desvario socialista não se apagam de um dia para o outro. A cura dói e vai
continuar a doer.
Título e Texto: André
Miguel, Forte Apache
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