terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ultimato norte-coreano à aliança entre a Coreia do Sul e EUA

Coreia do Norte diz que destruirá forças americanas e a Coreia do Sul
A Coreia do Norte adverte as forças americanas que serão "destruídas" caso continuem com seus exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.
Francisco Vianna

Um soldado da Coreia do Norte observa com binóculos do lado norte da vila de armistício de Panmunjon na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias em Paju, uns 55km (37 milhas) ao norte de Seul, em 25 de agosto de 2010
A Coreia do Norte advertiu, no domingo passado, ao mais alto comando militar americano estacionado na Coreia do Sul que suas forças militares serão "miseravelmente destruídas, caso prossigam com o exercício militar conjunto agendado com as forças armadas da Coreia do Sul”, segundo a mídia estatal de Pyongyang.
A agência norte-coreana KCNA disse que Pak Rim-su, o delegado chefe da missão militar da Coreia do Norte na vila de Panmunjon, próxima à zona desmilitarizada, enviou a mensagem por telefone ao Gen. James Thurman, comandante das forças americanas na Coreia do Sul.
O ultimato, vindo do norte, foi provavelmente produzido em consequência da escalada de tensão na dividida península coreana que se seguiu após o terceiro teste nuclear efetuado pelo regime da ditadura norte-coreana no início deste mês, em afronta às resoluções da ONU, gerou uma dura condenação internacional.
Tais mensagens vindas do norte de Panmunjom ao comandante americano são raras. As duas Coreias, do norte e do sul, estão tecnicamente ainda em guerra após o armistício ocorrido no conflito de 1950 a 1953 que o esfriou, mas não o encerrou formalmente com um tratado de paz, ou seja, a situação entre o norte e o sul é ainda de beligerância.
O comando das Forcas Conjuntas americanas e sulcoreanas mantêm uma simulação anual computadorizada que orienta exercícios militares e treinamento de ações chaves, a serem feitos de 11 a 25 de março, envolvendo 10 mil soldados da Coreia do Sul e 3 mil e 500 militares americanos. O comando dessas forças de defesa da Coreia do Sul também planeja exercícios militares conjuntos do tipo “Águia Voadora”, envolvendo manobras terrestres, marítimas e aéreas, ocasião em que o efetivo militar bilateral é esperado aumentar para 200 mil militares sul-coreanos e 10 mil dos EUA, durante o treinamento de dois meses de duração a se iniciar no dia 1º de março próximo.
"Se o seu lado desencadear uma guerra de agressão, tendo como cena seus imprudentes exercícios militares conjuntos... Neste momento perigoso e a partir dele o seu destino vai estar por um fio a cada hora", disse a mídia como tendo sido a declaração de Pak ao comando americano. "É melhor que tenha em mente que os que desencadearem uma guerra estarão destinados a encontrar uma destruição miserável".
Washington e Seul regularmente levam a cabo exercícios militares conjuntos, pelo menos uma vez por ano, com intenções puramente defensivas, em função da perene e explícita ameaça militar do norte, que continua a exibir sua belicosidade e ameaças ao sul e seus aliados norte-americanos. Nos últimos meses, essa aliança enxerga tal comportamento como verdadeiros ensaios preparatórios para uma invasão ao sul.
A Coreia do Norte ameaçou a Coreia do Sul de sofrer uma "destruição final”, durante um debate na Conferência sobre Desarmamento na ONU, na terça-feira passada, algo quase como declaração de guerra formal. Guerra que, de fato, ainda não teve um fim formal.  
Título e Texto: Francisco Vianna (da mídia internacional)

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