A Coreia do Norte adverte as
forças americanas que serão "destruídas" caso continuem com seus
exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.
Francisco Vianna
Coreia do Norte advertiu, no domingo passado, ao mais alto comando militar americano estacionado na Coreia do Sul que suas forças militares serão "miseravelmente destruídas, caso prossigam com o exercício militar conjunto agendado com as forças armadas da Coreia do Sul”, segundo a mídia estatal de Pyongyang.
Coreia do Norte advertiu, no domingo passado, ao mais alto comando militar americano estacionado na Coreia do Sul que suas forças militares serão "miseravelmente destruídas, caso prossigam com o exercício militar conjunto agendado com as forças armadas da Coreia do Sul”, segundo a mídia estatal de Pyongyang.
A agência norte-coreana KCNA
disse que Pak Rim-su, o delegado chefe da missão militar da Coreia do Norte na
vila de Panmunjon, próxima à zona desmilitarizada, enviou a mensagem por
telefone ao Gen. James Thurman, comandante das forças americanas na Coreia do
Sul.
O ultimato, vindo do norte,
foi provavelmente produzido em consequência da escalada de tensão na dividida
península coreana que se seguiu após o terceiro teste nuclear efetuado pelo
regime da ditadura norte-coreana no início deste mês, em afronta às resoluções
da ONU, gerou uma dura condenação internacional.
Tais mensagens vindas do norte
de Panmunjom ao comandante americano são raras. As duas Coreias, do norte e do sul, estão tecnicamente ainda em
guerra após o armistício ocorrido no conflito de 1950 a 1953 que o esfriou, mas
não o encerrou formalmente com um tratado de paz, ou seja, a situação entre o
norte e o sul é ainda de beligerância.
O comando das Forcas Conjuntas
americanas e sulcoreanas mantêm uma simulação anual computadorizada que orienta
exercícios militares e treinamento de ações chaves, a serem feitos de 11 a 25
de março, envolvendo 10 mil soldados da Coreia do Sul e 3 mil e 500 militares
americanos. O comando dessas forças de defesa da Coreia do Sul também planeja
exercícios militares conjuntos do tipo “Águia Voadora”, envolvendo manobras
terrestres, marítimas e aéreas, ocasião em que o efetivo militar bilateral é
esperado aumentar para 200 mil militares sul-coreanos e 10 mil dos EUA, durante
o treinamento de dois meses de duração a se iniciar no dia 1º de março próximo.
"Se o seu lado
desencadear uma guerra de agressão, tendo como cena seus imprudentes exercícios
militares conjuntos... Neste momento perigoso e a partir dele o seu destino vai
estar por um fio a cada hora", disse a mídia como tendo sido a declaração
de Pak ao comando americano. "É melhor que tenha em mente que os que
desencadearem uma guerra estarão destinados a encontrar uma destruição
miserável".
Washington e Seul regularmente
levam a cabo exercícios militares conjuntos, pelo menos uma vez por ano, com
intenções puramente defensivas, em função da perene e explícita ameaça militar
do norte, que continua a exibir sua belicosidade e ameaças ao sul e seus
aliados norte-americanos. Nos últimos meses, essa aliança enxerga tal
comportamento como verdadeiros ensaios preparatórios para uma invasão ao sul.
A Coreia do Norte ameaçou a
Coreia do Sul de sofrer uma "destruição final”, durante um debate na
Conferência sobre Desarmamento na ONU, na terça-feira passada, algo quase como
declaração de guerra formal. Guerra que, de fato, ainda não teve um fim formal.
Título e Texto: Francisco Vianna (da mídia
internacional)
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