quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pouco mais de dois anos após atacar a "privataria tucana", Dilma revela paixão pelas privatizações

Ucho Haddad
Quem te viu – Dizem os mais experientes que o tempo é o senhor da razão. Assim como nada no universo é mais direitista do que um representante da esquerda no poder. E em ambos os pensamentos se encaixa com muita precisão o Partido dos Trabalhadores, que precisou de apenas uma década para elevar o próprio discurso ao Olimpo da incoerência.
Até recentemente, os petistas mais ensandecidos insistiam em distribuir pela rede mundial de computadores informações sobre o que o PT resolveu batizar de “privataria tucana”, como se privatização fosse o mais pecaminoso de todos os vernáculos do dicionário. Para espalhar essa obra mitômana entre os brasileiros crédulos, os petistas contaram com a parcela genuflexa, e bem remunerada, da imprensa nacional.
Como nem tudo é eterno, Dilma Rousseff, a “gerentona” inoperante, declarou mais uma vez, nesta quarta-feira (27), sua descontrolada paixão pelas privatizações, o que leva a crer que foram os Aladins do PT que inventaram esse negócio de entregar à iniciativa privada aquilo que o Estado não deve cuidar.
Dilma defendeu com surpreendente afinco a abertura dos portos para investimentos privados, lembrando que a Medida Provisória 595, que definirá as novas regras do setor, não interferirá nos direitos dos portuários.
“O Brasil tem que abrir os portos. Nós temos um imenso e desnecessário custo em portos. Abrir os portos não significa tirar um milímetro de direito do trabalhador portuário. Pelo contrário, nós mantivemos intacta a forma pela qual esses direitos foram garantidos. Mas implica, necessariamente, em abrir à concorrência, porque um dos nossos custos, chamado Custo Brasil, lá fora, é portos”, disse a presidente durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, no Palácio do Planalto.
Dilma Rousseff pode falar o que bem quiser a respeito de privatização de portos ou qualquer outro setor, mas não será com uma legislação trabalhista atrasa e obsoleta, que data de 1943, que o investidor colocará a mão no bolso para enfrentar sindicatos que acreditam ter o País nas mãos. Enquanto o governo do PT insistir em fazer do Brasil um sindicato, nenhum investidor minimamente esclarecido tirará um centavo da carteira.
Porém, essa repentina declaração de amor de Dilma Rousseff às privatizações mostra que incompetência e corrupção são lideram o cardápio petista.
Título, Imagem e Texto: Ucho Haddad, ucho.info, 27-02-2013

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