Actividade económica volta a
terreno positivo pela primeira vez em dois anos
Eva Gaspar
O indicador de actividade económica calculado pelo Instituto Nacional
de Estatística (INE) registou em Agosto a primeira variação positiva em dois
anos. Subiu 0,3%, fixando-se no valor mais elevado desde Junho de 2011.
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Foto: Paulo Duarte/Jornal de Negócios |
De acordo com a síntese
económica de conjuntura, divulgada nesta quinta-feira, 17 de Outubro, também o
indicador quantitativo do consumo privado – componente ainda dominante na
formação do PIB português – prolongou em Agosto o perfil ascendente que vem do
início de 2012, “apresentando o primeiro
crescimento homólogo desde Fevereiro de 2011”, refere o INE, precisando que
isso se deveu ao contributo positivo das componentes de consumo corrente mas
também do consumo duradouro, embora mais intenso no primeiro caso.
O investimento recuperou, mas
permanece abaixo da linha de água, ao revelar uma diminuição menos expressiva
em Agosto, em resultado da evolução das componentes de construção e de material
de transporte. Já exportações desaceleraram, o mesmo tendo sucedido às
importações, ao registarem variações homólogas de 2,3% e 3,1% em Agosto (4% e
3,2% no mês anterior), respectivamente.
Por sectores, os indicadores
do INE revelam diminuições menos intensas em Agosto da actividade nos serviços
e na construção e obras públicas, mas uma evolução mais desfavorável na
indústria, no qual o volume de negócios, por exemplo, apresentou uma variação homóloga
mais negativa devido ao mercado interno – já a procura externa continuou a
evoluir favoravelmente.
O indicador síntese de clima
económico - que combina dados quantitativos mas também qualitativos (mais
prospectivos) - prosseguiu a sua recuperação em Setembro, permanecendo ainda em
terreno negativo, ao passar de -1,9 para -1,6. Há um ano, em Setembro de 2012,
estava em -3,3.
Estes dados são consistentes
com a mais recente estimativa da Universidade Católica que aponta para uma nova
variação positiva do PIB, de 0,5%, no terceiro trimestre, face aos três meses
anteriores, e para uma contracção homóloga menos acentuada. A confirmarem-se
estas estimativas, o PIB português terá registado entre Julho e Setembro o
segundo trimestre consecutivo de crescimento, depois de ter progredido 1,1% em
cadeia entre Abril e Junho, quebrando uma sequência de 10 trimestres
ininterruptos de quedas.
Texto: Eva Gaspar, Jornal de Negócios, 17-10-2013
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