quinta-feira, 17 de outubro de 2013

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Actividade económica volta a terreno positivo pela primeira vez em dois anos
Eva Gaspar
O indicador de actividade económica calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) registou em Agosto a primeira variação positiva em dois anos. Subiu 0,3%, fixando-se no valor mais elevado desde Junho de 2011.

Foto: Paulo Duarte/Jornal de Negócios
De acordo com a síntese económica de conjuntura, divulgada nesta quinta-feira, 17 de Outubro, também o indicador quantitativo do consumo privado – componente ainda dominante na formação do PIB português – prolongou em Agosto o perfil ascendente que vem do início de 2012, “apresentando o primeiro crescimento homólogo desde Fevereiro de 2011”, refere o INE, precisando que isso se deveu ao contributo positivo das componentes de consumo corrente mas também do consumo duradouro, embora mais intenso no primeiro caso.

O investimento recuperou, mas permanece abaixo da linha de água, ao revelar uma diminuição menos expressiva em Agosto, em resultado da evolução das componentes de construção e de material de transporte. Já exportações desaceleraram, o mesmo tendo sucedido às importações, ao registarem variações homólogas de 2,3% e 3,1% em Agosto (4% e 3,2% no mês anterior), respectivamente.

Por sectores, os indicadores do INE revelam diminuições menos intensas em Agosto da actividade nos serviços e na construção e obras públicas, mas uma evolução mais desfavorável na indústria, no qual o volume de negócios, por exemplo, apresentou uma variação homóloga mais negativa devido ao mercado interno – já a procura externa continuou a evoluir favoravelmente.

O indicador síntese de clima económico - que combina dados quantitativos mas também qualitativos (mais prospectivos) - prosseguiu a sua recuperação em Setembro, permanecendo ainda em terreno negativo, ao passar de -1,9 para -1,6. Há um ano, em Setembro de 2012, estava em -3,3.

Estes dados são consistentes com a mais recente estimativa da Universidade Católica que aponta para uma nova variação positiva do PIB, de 0,5%, no terceiro trimestre, face aos três meses anteriores, e para uma contracção homóloga menos acentuada. A confirmarem-se estas estimativas, o PIB português terá registado entre Julho e Setembro o segundo trimestre consecutivo de crescimento, depois de ter progredido 1,1% em cadeia entre Abril e Junho, quebrando uma sequência de 10 trimestres ininterruptos de quedas.
Texto: Eva Gaspar, Jornal de Negócios, 17-10-2013

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