quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Optimize diz que "rating" de Portugal pode sair do "lixo" em 2014

Patricia Abreu
Diogo Teixeira continua optimista para a dívida pública portuguesa e diz que grande parte do caminho já está feito.

A dívida portuguesa poderá deixar de ser qualificada de "lixo" já no próximo ano. A convicção é de Diogo Teixeira. O administrador da Optimize acredita que, caso Portugal cumpra as metas previstas para o défice, as agências de notação financeira deverão melhorar a avaliação do País nos próximos meses.

"A apreciação das agências de ‘rating’ vai mudar nos próximos meses e a dívida portuguesa pode voltar a ter uma classificação de crédito com qualidade de investimento em 2014", defendeu Diogo Teixeira, numa apresentação aos jornalistas para assinalar o quinto aniversário da gestora de activos que administra, a Optimize. O especialista realçou que "a nossa situação não é muito diferente da Irlanda", que tem um "rating" vários níveis acima de Portugal.



O gestor da Optimize, que recentemente atingiu 70 milhões de euros de activos sob gestão, está a privilegiar a aposta em dívida pública portuguesa e acções europeias. "Muitas empresas europeias estão a negociar 20 ou 30% mais baratas do que as americanas", explicou Diogo Teixeira, que considera que "o mercado europeu é um bom mercado de investimento. E sem risco cambial".

Relativamente às acções portuguesas, ao contrário do que acontecia em 2008, altura em que não tinha vontade de investir em nenhuma empresa portuguesa, agora Diogo Teixeira manifesta-se mais optimista. "É muito positivo haver novas entradas na bolsa portuguesa", destacou o administrador da Optimize, referindo-se à privatização dos CTT e à eventual dispersão em bolsa da Espírito Santo Saúde.
"São duas entradas que parecem boas oportunidades", adiantou, acrescentando que é no sector industrial que identifica melhores oportunidades.

Cotadas nacionais batem europeias
A exposição internacional das companhias nacionais deverá continuar a ser um foco de interesse. Para Diogo Teixeira, as cotadas portuguesas têm "espaço para valorizarem mais que as pares europeias", devido ao acesso a mercados emergentes, nomeadamente África.

"Há espaço para a rentabilidade das empresas portuguesas progredir", argumenta o administrador da Optimize. Além da capacidade de crescimento assente na internacionalização, Diogo Teixeira destaca vários aspectos positivos na economia portuguesa, que favorecem o investimento nos títulos. O aumento da poupança, a capacidade do País para reagir e tornar-se atractivo, bem como o facto de hoje Portugal ser um País exportador e mais competitivo sustentam o optimismo.
Título, Imagem e Texto: Patrícia Abreu, Jornal de Negócios, 17-10-2013

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