Diogo Teixeira continua optimista para a dívida pública portuguesa e
diz que grande parte do caminho já está feito.

"A apreciação das
agências de ‘rating’ vai mudar nos próximos meses e a dívida portuguesa pode
voltar a ter uma classificação de crédito com qualidade de investimento em
2014", defendeu Diogo Teixeira, numa apresentação aos jornalistas para
assinalar o quinto aniversário da gestora de activos que administra, a
Optimize. O especialista realçou que "a nossa situação não é muito
diferente da Irlanda", que tem um "rating" vários níveis acima de
Portugal.
O gestor da Optimize, que recentemente atingiu 70 milhões de euros de activos sob gestão, está a privilegiar a aposta em dívida pública portuguesa e acções europeias. "Muitas empresas europeias estão a negociar 20 ou 30% mais baratas do que as americanas", explicou Diogo Teixeira, que considera que "o mercado europeu é um bom mercado de investimento. E sem risco cambial".
Relativamente às acções
portuguesas, ao contrário do que acontecia em 2008, altura em que não tinha
vontade de investir em nenhuma empresa portuguesa, agora Diogo Teixeira
manifesta-se mais optimista. "É muito positivo haver novas entradas na
bolsa portuguesa", destacou o administrador da Optimize, referindo-se à
privatização dos CTT e à eventual dispersão em bolsa da Espírito Santo Saúde.
"São duas entradas que
parecem boas oportunidades", adiantou, acrescentando que é no sector
industrial que identifica melhores oportunidades.
Cotadas nacionais batem europeias
A exposição internacional das
companhias nacionais deverá continuar a ser um foco de interesse. Para Diogo
Teixeira, as cotadas portuguesas têm "espaço para valorizarem mais que as
pares europeias", devido ao acesso a mercados emergentes, nomeadamente
África.
"Há espaço para a
rentabilidade das empresas portuguesas progredir", argumenta o
administrador da Optimize. Além da capacidade de crescimento assente na
internacionalização, Diogo Teixeira destaca vários aspectos positivos na
economia portuguesa, que favorecem o investimento nos títulos. O aumento da
poupança, a capacidade do País para reagir e tornar-se atractivo, bem como o
facto de hoje Portugal ser um País exportador e mais competitivo sustentam o
optimismo.
Título, Imagem e Texto: Patrícia Abreu, Jornal de Negócios, 17-10-2013
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