Mesmo quando o vandalismo
tomou conta das passeatas e se tornou protagonista das mídias, não faltou quem
desse apoio aos chamados black blocs. Grupos de direitos humanos estavam sempre
de plantão nas delegacias para livrar arruaceiros da prisão — agora, sabe-se
bancado pelo meu, pelo seu, pelo nosso dinheiro. Isso mesmo: somos nós que
pagamos os salários de pelo menos três servidores lotados no gabinete do
deputado Marcelo Freixo e que atuam diretamente no auxílio aos black blocs em
apuros com a lei.
Thiago de Souza Melo, assessor
de Freixo, salário de R$ 5.600, é tesoureiro da ONG Instituto Defensores dos
Direitos Humanos. Foi essa ONG que, por duas vezes, livrou da prisão Fábio
Raposo, coautor do disparo que matou o cinegrafista Santiago Andrade. Outro é
Tomas Fernandes Prisco Paraiso Ramos, membro do conselho deliberativo do IDDH,
também lotado no gabinete de Freixo na Alerj. E o terceiro é Pedro Daniel
Strozenberg, que trabalha nessa dupla função.
O presidente do IDDH, advogado
João Tancredo, que não está na folha da Alerj, doou R$ 2.200 para a campanha do
deputado do Psol. Vários outros membros da ONG fizeram o mesmo, como Marcelo
Murteira de Salles, funcionário de Freixo até 2009.
Na sua página no Facebook, o
IDDH convoca ativistas para manifestações oferecendo serviço completo:
acompanhamento às delegacias para os que forem detidos e advogados para defendê-los.
Para isso, disponiliza on-line os telefones dos advogados de plantão. Uma banca
de respeito. Um estímulo à quebradeira. Tipo: “Pode quebrar tudo que a gente
garante.” Só que, agora, surgiu o primeiro cadáver. E agora, companheiro?
Era tragédia anunciada.
Evidente que, em algum momento, alguém ia morrer. Se fosse a cabeça de um PM
estourada, dificilmente haveria a mesma comoção. Mas calhou de ser um
jornalista, e desta vez não deu para culpar a polícia. Fosse um estudante a
vítima e o algoz, um policial, seria a revolução. Edson Luís do século 21. Mas
o destino foi caprichoso, e os radicais deram azar. O morteiro partiu de um dos
seus. Por essa o Freixo não esperava.
Coube a uma moça com apelido
de fada puxar o fio da meada. Sininho falou demais e revelou portar um pó
mágico que fazia brotar advogados de defesa do chão. Assim a farsa foi
finalmente revelada. Os advogados, na verdade, brotavam do gabinete de um
parlamentar enfant gaté da esquerda e
da mídia. Apesar de tantas evidências, o deputado Marcelo Freixo diz que não
tem nada a ver com isso. Ele é o Peter Pan. Com Sininho, faz parte do Reino da
Terra do Nunca, onde meninos mimados nunca são punidos. São garotos perdidos,
sem noção do que significava a palavra limite.
Título e Texto: Cidinha Campos, Deputada estadual
licenciada e secretária estadual de Defesa do Consumidor, Blog Cidinha Livre, 12-02-2014
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