Luciano Henrique

Adianto que não compartilho da
visão de alguns conservadores que tem apelado ao desânimo absoluto, afirmando
que a “Europa está condenada”. Falamos de um grupo de países com 508 milhões de
habitantes. A Europa espera receber 800 mil refugiados nos próximos anos, o
que, convenhamos, não é tanto assim.
Todavia, se a situação não é
apocalíptica, seria ingenuidade afirmar que não ocorrerão impactos. A Europa
tem se mostrado, tal qual o restante do Ocidente, absurdamente incapaz de lidar
com o islamismo radical, por culpa especialmente do politicamente correto. Este
é um dos temas de meu livro “Liberdade ou Morte”.
Em tempo: este livro fora
previamente intitulado “A Urgência de Sermos Charlie, e deve ser lançado em meados
de outubro, pela Editora Simonsen. Aliás, peço paciência aos contribuintes do
crowdfunding, pois o lançamento inicial era previsto para final de junho.
Todavia, criei um posfácio de 60 páginas, que enviei ao editor no início de
junho, o que resultou em uma nova edição, e novos ajustes para encaixar o novo
conteúdo. O fato é que estou extremamente satisfeito com a versão final e tenho
plena consciência de que os leitores em geral – e, em primeira mão os
contribuintes do crowdfunding – ficarão muito mais satisfeitos com o livro
atual. Daí quando lerem, agora com 8 capítulos, tentem imaginar o livro sem o
capítulo 8, e com o capítulo 7 reduzido à metade. Creio que isto fará os
leitores repararem que a espera de três meses a mais valeu a pena.
Voltando à questão dos
refugiados, sigamos.
O número de imigrantes, em um
número controlado (evidentemente), não é o problema. O problema é a forma
complacente com que se reage ao fundamentalismo islâmico, e, muito pior, a
postura politicamente correta endossando o barbarismo cometido pelos radicais.
Foi isto que levou não apenas a um surto abjeto de justificação de atrocidades
como o atentado ao Charlie Hebdo, como, inclusive, o incentivou.
A esquerda se vale de
refugiados para aumentar seu poder de capitalização na falsa luta entre
oprimidos e opressores (e eles definem os islâmicos em seus países como
oprimidos). Ademais, conseguem mais um meio de aumentar o assistencialismo e
obter votos. Isto é, a criação de miséria pela Europa, para a esquerda, é
sempre um negócio tão sórdido quanto lucrativo.
Não deve causar nenhuma
surpresa o fato de que se pedirmos que o terrorismo praticado pelo Estado
Islâmico seja combatido via ação militar coordenada entre Estados Unidos e
Europa, a esquerda começará a estrebuchar pelo chão, lembrando até a menina
Regan, possuída pelo demônio no filme “O Exorcista”. Simplesmente não há como
discutir com esquerdista sobre o assunto, posto que eles dependem das
atrocidades do Estado Islâmico para causar o altíssimo fluxo de refugiados em
direção ao Ocidente, já que estes refugiados, uma vez estabelecidos na Europa,
serão instrumentos políticos em suas mãos.
Estas constatações devem nos
levar ao óbvio: a esquerda vai causar miséria e aumentar a taxa de barbarismo
em seus países. Como já disse anteriormente, o pulo do gato está na forma em
como responderemos a isso. É mais do que simples: os esquerdistas se
transformam automaticamente em fiadores destes refugiados islâmicos.
A cada ato terrorista, a cada
desrespeito à livre expressão, a cada violência praticada contra cidadãos
nativos da Europa, a conta deve ser entregue aos esquerdistas, que devem pagar
com suas reputações arranhadas.
A direita tem se desanimado,
achando que a entrada de um grande número de imigrantes na Europa é o “começo
do fim”. Mas se assumirmos a perspectiva de que devemos cobrar um preço por
mais essa coleção de dissimulações esquerdistas, são estes que passarão a temer
os resultados de sua escolha.
A esquerda obtém sucesso
quando não cobramos o preço de suas ações cujas consequências são intencionais.
Basta aguardarmos e observar os resultados das políticas esquerdistas quanto
aos imigrantes, mas, na hora em que estes resultados se materializarem, será
preciso então gastar um bom esforço expondo ao público quem são os culpados. Se
fizermos isto, apresentaremos os esquerdistas como os fiadores de atos de
terrorismo e selvageria que inexoravelmente ocorrerão. É quando eles perderão
boa parte do capital político que esmeram amealhar.
Depende de nós.
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